A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ampliou o acesso ao balão gástrico, segundo o anúncio da Allergan. A decisão pode ser uma alternativa para diminuir a circulação dos inibidores de apetite derivados da anfetamina.
O procedimento, inicialmente indicado para obesos - com IMC (Índice de Massa Corporal) acima de 30 -, já pode ser feito em pessoas com sobrepeso e IMC acima de 27. Para calcular o índice, basta dividir o peso pelo quadrado da altura.
A ampliação da indicação segue a tendência observada nos Estados Unidos. A FDA (agência reguladora de remédios) passou a permitir, em fevereiro, que pessoas com IMC a partir de 30 e doenças causadas pela obesidade se submetam à colocação de banda gástrica, aparelho que estrangula o estômago. Antes, o IMC mínimo para realizar o procedimento era de 35.
Procedimento
O balão gástrico é colocado por endoscopia e é temporário. O objetivo é aumentar a sensação de saciedade por meio do volume no estômago. "É uma opção menos invasiva e não medicamentosa para pacientes que não querem fazer redução de estômago", explica o médico José Afonso Sallet, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica - em entrevista ao site G1.
Um estudo com 573 pacientes com sobrepeso, publicado na revista "Obesity Surgey", mostrou que, após seis meses com o balão, os pacientes perdem metade do peso excedente e têm uma redução de 5,3 pontos no IMC. Obesos podem perder até 12% do peso inicial, segundo o cirurgião.
Críticas
Segundo o endocrinologista Bruno Geloneze, da Unicamp, o balão é a pior solução para os obesos. "A obesidade, ou sobrepeso, é uma condição crônica e que sempre volta. Portanto, qualquer tratamento tem que ser contínuo, para evitar que o peso volte. O balão é um tratamento de curto prazo, são seis meses, que não tem nenhuma garantia de longo prazo."
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