segunda-feira, 1 de novembro de 2010

ES: Jovem cria jogo do sexo e abusa de crianças na Serra

Crianças foram abusadas sexualmente por um rapaz de 22 anos que criou o "jogo do sexo" e seduzia os meninos em troca de brinquedos na Serra. Segundo a polícia, o abuso foi denunciado por três meninos com idade média de 10 anos. Eles disseram que eram convencidos pelo rapaz a praticarem atos sexuais. A denúncia chegou esta semana à Delegacia de Proteçao a Criança e ao Adolescente.

"Um garoto de 10 anos acompanhado dos pais narrou que estava sendo submetido a um jogo sexual, esse jogo acumularia pontos", contou o delegado Marcelo Nolasco. O jogo era baseado em pontos e quanto mais os meninos cediam aos desejos do rapaz, mais pontos eles ganhavam, placar que seria transformado em prêmios para as crianças.

"Todos são unânimes a afirmar que era proposto a elas e a diversas outras crianças do bairro um jogo de pontuação. Jogo esse que a pontuação variava de acordo com o ato sexual praticado. Ao atingir determinada pontuação os pontos poderiam ser trocados por objetos. Quanto mais pontos, melhor o objeto, chegando até a bicicletas, videogame e coisas assim", afirma Nolasco.

Assim que recebeu a denúncia, o delegado intimou o acusado para depor. O jovem disse estar surpreso com as acusações, mas confessou que costuma andar com meninos, fato que chamou atenção da polícia.

"As afirmações das crianças são muito firmes, não há o menor motivo para se desconfiar, ainda mais somado às declarações do próprio acusado, que levam a crer que é uma pessoa dissimulada ou com sérios problemas. Mas que efetivamente, ao que tudo indica, estava abusando de menores", declara o delegado.

As crianças foram encaminhadas para o Dapartamento Médico Legal, em Vitória, e exames foram feitos para constatar alguma lesão. Apesar disso, a prisão do rapaz de 22 anos poderá ser pedida mesmo sem a comprovação de lesões. O abuso sexual será validado apenas com as denúncias das vítimas. "O abuso sexual independe da materialidade do delito. A criança pode ter sido submetida a diversos atos de abuso que não se refletem num exame clínico. Mas isso é independente", garante Marcelo Nolasco.


Fonte: Folha Vitória

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