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terça-feira, 3 de julho de 2012

Botox é arma contra esclerose múltipla

Botox ajuda a reduzir tremores em pacientes com esclerose múltipla

Estudo mostrou que toxina botulínica melhorou significativamente a gravidade do sintoma, assim como a habilidade de escrever e desenhar

Mulher recebe aplicação de Botox: pesquisa conclui que toxina botulínica pode ser aliada contra sintomas da esclerose múltipla

Um novo estudo publicado nesta terça-feira na revista Neurology mostrou que o uso de botox (toxina botulínica) pode ajudar a aliviar os tremores de braços e mãos entre pessoas com esclerose múltipla. Segundo os pesquisadores, que são da Universidade de Melbourne, na Austrália, esses achados são importantes pois as alternativas que existem atualmente para diminuir os sintomas da doença, como a fisioterapia, não são completamente eficazes.
A pesquisa selecionou 23 pessoas com esclerose múltipla. Durante três meses, parte delas recebeu um tratamento com injeções de botox e o restante, doses de placebo. Após esse período, e ao longo dos três meses seguintes, o grupo que havia sido tratado com a toxina botulínica passou a receber o placebo, e vice-versa. Foram avaliadas a gravidade dos tremores desses pacientes e a capacidade deles de escrever e desenhar.

Os resultados mostraram que a terapia com botox melhorou significativamente os sintomas observados a partir da sexta semana de tratamento. Os tremores, que antes eram classificados como graves, passaram a ser moderados ou leves entre os pacientes tratados com a toxina botulínica. O placebo, por outro lado, não alterou a severidade dos sintomas. O efeito colateral mais apresentado com as aplicações de botox foi a fraqueza muscular, que afetou 42% dos participantes (com placebo essa taxa foi de 6%). Esse problema, no geral, não se mostrou grave e desapareceu dentro de duas semanas. “Nosso estudo sugere uma nova abordagem para amenizar os tremores relacionados à esclerose múltipla. No entanto, ainda há diversos desafios no combate ao problema e mais e maiores estudos são necessários para que essa alternativa possa ser utilizada na prática clínica”, diz a coordenadora da pesquisa, Anneke vam der Walt.

Fonte: VEJA

domingo, 22 de janeiro de 2012

Com esclerose, ex-paquita luta com ex por filho

Sem fundos para continuar processo, ex-paquita segue longe do filho 
Diagnosticada com esclerose múltipla, Louise Wischermann cria blog e programa de TV para encarar a doença.

Louise Wischermann e o filho, Oliver (Foto: Arquivo Pessoal)

O drama da ex-paquita Louise Wischermann, que luta para ter a guarda do filho, Oliver, de cinco anos, ainda está longe de chegar ao fim. Sem recursos, ela precisou suspender o processo, que corre na Justiça canadense. “Gastei todos os meus fundos com o processo e advogados, tanto no Canadá como no Brasil. Mas em junho pretendo retomá-lo”, conta Louise, conhecida em seus tempos de paquita como Pituxa.
Louise e Oliver
Tudo começou quando Louise, que morou fora por 18 anos após trabalhos como atriz na Europa, Japão e Canadá, precisou voltar para o Brasil no final de 2010, para se tratar da esclerose múltipla, doença degenerativa que afeta a coordenação motora. Mas Oliver, fruto do casamento desfeito com um canadense, não veio com ela, já que, segundo a Convenção de Haia, uma criança não pode sair do país onde vive sem autorização dos dois pais. Desde então, Louise vem tentando obter a guarda da criança.
“Estou sempre indo para o Canadá. O Oliver vem passar férias aqui no Brasil. Nos vemos a cada seis semanas”, diz a loira, com uma ponta de tristeza na voz. Mas Louise logo se anima quando lembra as peripécias do filho em sua última vinda ao Rio, no fim de 2011. “Ele passeou e brincou muito com os primos. Fizemos vários passeios, fomos à praia. Ele praticou até stand up paddle, (esporte onde a pessoa se equilibra na prancha usando um remo), uma gracinha”.
Menino é fã de Michel Teló
Oliver faz stand up paddle, com Louise ao fundo
Oliver, que nasceu no Brasil sem apoio algum do ex-marido, ainda não fala fluentemente português, mas já entende tudo da língua materna. Louise conta que este ano, ele terá aulas de português uma vez por semana no Canadá. Segundo a atriz, o menino é apaixonado pelo Brasil.
“Foi tão bonitinho, outro dia o Oliver me ligou e pediu: ‘Mamãe, me manda a música ‘Ai, se eu te pego’?”, conta ela, imitando o sotaque estrangeiro do filho. “Depois, ele apareceu na internet tomando banho de banheira, com o cabelo igual ao do Neymar e cantando a música do Michel Teló”, diverte-se.
Apesar de não ver o filho sempre que pode, Louise está esperançosa de que o drama vai chegar ao fim. “O relacionamento com meu ex-marido está começando a melhorar”, conta ela, que atualmente namora o fotógrafo Felipe Monsanto.
Blog e programa de TV para enfrentar a doença
Louise na série canadense 'Lexx'
Outra luta enfrentada pela ex-paquita é a esclerose múltipla, descoberta em 2005. O começo, segundo ela, foi difícil. “Chorei muito. Não achava respostas para as minhas dúvidas”. Uma das formas encontradas por Louise para encarar o problema foi a criação do blog “Por que não eu?”. “As pessoas sempre se perguntam: ‘por que logo eu?’ quando algo ruim acontece com elas. Mas ninguém é melhor ou pior do que ninguém que não possa ter problemas”.
Hoje, prestes a completar 38 anos, Louise foca seu tratamento na alimentação, optando por uma dieta mais natural. “Faço uma dieta ayurvédica, sem glúten, com muitas frutas, legumes, verduras. Tudo acompanhado por médicos”, conta ela, que faz massagens terapêuticas regularmente e usa óculos de prisma que, segundo Louise, ajudam a manter o equilíbrio motor.
Outro projeto de Louise, este ainda em fase de implementação, é um programa de TV sobre pessoas que sofrem de alguma limitação, física ou mental. “Quero ser uma porta-voz dessas pessoas, quero mostrar que descobrir uma limitação pode ser um recomeço, e não um fim. A vida não acabou”, diz a atriz.


http://ego.globo.com