A discussão foi um dos motivos do assassinato do empresário
Uma discussão "acalorada e muito rápida" sobre infidelidade, seguida de um tapa no rosto, de uma ameaça de tirar a guarda da filha de um ano e de sucessivas humilhações, como as que lembravam o passado de Elize, que já fora garota de programa.
Segundo o advogado Luciano Santoro, todos esses fatores levaram sua cliente, a bacharel em direito e técnica em enfermagem Elize Ramos Matsunaga, de 30 anos, a matar o marido e empresário Marcos Kitano Matsunaga, 40, diretor executivo e neto do fundador da empresa de alimentos Yoki, no dia 19 de maio.
Marcos foi posteriormente esquartejado e partes do corpo dele, colocadas em sacos plásticos e espalhadas em uma estrada de Cotia, na Grande São Paulo.
O site G1 divulgou ontem um histórico escolar que mostra que Elize tem 30 anos. Já de acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, ela tem 38 anos. [A Gazeta]
Detetive particular
A polícia tenta identificar o detetive particular que foi contratado por Elize para investigar se o excutivo a traía. Ele é procurado para que seja intimado a prestar depoimento sobre seu trabalho. Policiais informaram à equipe de reportagem do G1 que o profissional seguiu o executivo e comprovou a infidelidade dele. Fotos e relatórios sobre três supostas amantes foram enviadas para a bacharel. No computador da vítima, peritos da Polícia Técnico-Científica identificaram acessos a sites de prostituição. [G1]
Família de executivo não vai disputar guarda de criança
O advogado da família de Marcos Matsunaga, 42, que foi morto e esquartejado, disse que, por enquanto, não haverá disputa pela guarda da filha do casal de um ano. Elize, que confessou ter matado o marido, está presa.
"Ontem, o pai do Marcos falou com a tia da Elize [que está cuidando da criança na casa do casal] e ele ficou convencido de que ela está sendo bem assistida. A principal preocupação da família é com o bem-estar da menina, então não há motivo para disputa", disse o advogado Luiz Flávio D'Urso.
A Folha de S.Paulo revelou em reportagem publicada hoje que o casal passava por uma crise conjugal e a mulher já havia pedido a separação três vezes. A informação é do advogado de Elize, Luciano Santoro.
O executivo, entretanto, dizia que se eles se separassem, ficaria com a filha deles. A disputa pela filha teria motivado o crime.
Sobre o argumento do advogado de Elize, D'Urso afirma que a família de Matsunaga tinha um bom relacionamento com Elize e que desconhece a informação de que o casal estaria passando por uma crise. Os pais da vítima dizem que não conhecem a família de Elize --de quem ela nunca falava.
Matsunaga conheceu a mulher num site de relacionamentos, quando ela era garota de programa, segundo o advogado de Elize.
Sete pessoas foram ouvidas na investigação. Dentre elas está o detetive particular contratado por Elize para seguir o marido e que comprovou que ele a traía.
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