“Na realidade eu torço para que ele não seja o pai. Melhor seria se ele não fosse o pai. Porque iria no futuro me privar de certos sentimentos porque ele vai querer saber da mãe. E para a criança a gente não pode mentir, afirmou Sônia ao chegar em Campo Grande (MS) com o neto nos braços.
Questionada sobre o porquê de não pedir pensão, ela disse: “Eu posso criar ele. Eu tenho condições de criar ele”.
Bruno está preso por suspeita de envolvimento no desaparecimento da ex-namorada Eliza Samudio, de 25 anos, considerada morta pela polícia há praticamente um mês. Eliza tentava provar que o goleiro era o pai do bebê.
Sônia não via Eliza há seis anos. A moça morava com o pai desde criança. A Justiça decidiu dar a guarda provisória à mãe de Eliza porque o pai, Luiz Carlos Samudio, responde a processo de estupro contra uma menina de 10 anos. Ele responde ao processo em liberdade.
Ao chegar ao aeroporto de Campo Grande, Sônia reencontrou o marido com quem vive há 16 anos. Emocionada, ela disse que “Deus vai fazer a Justiça”.
“É uma atrocidade, gente, Uma atrocidade. Não faz isso com um ser humano. Por mais que minha filha fosse o que fosse. (...) Não tenho raiva, não tenho mágoa. Só peço misericórdia porque Deus vai fazer a Justiça”.
O bebê, chamado Bruninho, deve morar com a avó em Anhanduí, a 50 quilômetros da capital de Mato Grosso do Sul, onde Sônia mora com o marido e o filho em uma comunidade com cerca de 3,4 mil moradores. No local, a família vive da produção de pimenta.
Avó de Bruno não acredita no envolvimento do goleiro
Salvador
A avó materna do goleiro Bruno, Luceli Alves de Souza, de 65 anos, se emocionou ao falar da prisão do neto. Ela disse que não acredita no envolvimento do jogador no desaparecimento de Eliza Samudio.
“Alguma coisa está por trás disso. Não consigo acreditar que o Bruno tenha feito uma coisa dessa. Estou triste demais em vê-lo daquele jeito, antes aclamado daquele jeito, e, agora sendo crucificado por todo mundo. Eu só quero que você saiba, que você continua sendo amado, e, está dentro do meu coração. Fica com Deus, meu filho”, falou a avó, visivelmente emocionada.
Em uma visita recente à casa do jogador no Rio, a avó falou que conheceu o amigo de Bruno, Macarrão, e alertou o neto sobre as amizades e as más companhias.
“Essa turma toda que está sendo citada na televisão, estava toda lá, quando eu fui ao Rio. Eu te falei, eu te avisei, Bruno, essa turma que ele vivia sustentando, dando roupas de marca, deixando andar no carros novos. Eu falei, Bruno, se afasta desses parasitas, que você fica sustentando, se afasta deles”, comentou Luceli.
O goleiro tem parte da sua família residindo de forma simples e pacata na Bahia, na pequena cidade de Alcobarças, onde vivem sua avó materna, a aposentada Luceli Alves de Souza, de 65 anos, e dois meio-irmãos, de 11 e 13 anos.
Entretanto, a exposição do nome do jogador no assassinato da ex-amante Eliza Samudio, de 25 anos, acabou com a tranquilidade da família. A avó passou a temer pela segurança dos netos, que já chegaram a sofrer constrangimentos na escola. Os meninos estão sendo chamados de “irmãos de assassino”, entre outras brincadeiras de mau gosto. (Agência Estado)
Amizade marcada em tatuagem
Rio
Na primeira vez que falou sobre o desaparecimento de Eliza, após treino no Ninho do Urubu, Bruno disse que a jovem havia entregue o bebê para Macarrão, a quem chamou de “meu funcionário”. No entanto, a prisão do ‘faz tudo’ do goleiro revelou uma relação muito mais próxima entre os dois. Ao ficar sem camisa para fazer a foto de entrada no registro penitenciário, Macarrão exibiu tatuagem onde aparece a inscrição: “Bruno e Maka. A amizade nem a força do tempo irá destruir, amor verdadeiro”.
A frase é inspirada no refrão da música ‘A Amizade’, uma das mais conhecidas do grupo Fundo de Quintal. Segundo policiais, a tatuagem teria sido feita ano passado, quando os dois começaram a ser investigados pelas agressões a Eliza. Em outubro, a jovem denunciou que Bruno, ao lado de Macarrão, a obrigou a ingerir abortivos sob a mira de uma pistola.
Ontem, o advogado Ércio Quaresma, que defende o jogador e a maior parte dos outros acusados do desaparecimento da jovem, disse que Bruno está muito abalado e chorou. Quaresma contou ainda que pediu um autógrafo ao goleiro para dar de presente a seu filho.
Bruno defendeu time da penitenciária
Ribeirão das Neves
Em 2000, quando viu o talento precoce o colocar, com apenas 16 anos, em uma equipe que em sua maioria era formada por jogadores adultos, Bruno não tinha noção da peça que estava sendo pregada pelo destino em sua vida.
Revelação da Escolinha de Futebol Palmeiras, o goleiro foi convidado para defender em algumas oportunidades a Associação de Funcionários da Penitenciária José Maria Alckmin, em Ribeirão das Neves, cidade onde nasceu.
Nos dez anos seguintes, Bruno cresceu e se profissionalizou. Trocou o papel de promessa pelo de ídolo. Defendeu Atlético-MG, Corinthians, Flamengo e até sonhou com a Seleção Brasileira.
Voltou a vestir, na sexta-feira, o uniforme de uma penitenciária, a Nelson Hungria, em Nova Contagem. Só que dessa vez não como convidado, mas como acusado do desaparecimento da ex-amante, Eliza Samúdio, em um caso que envolve relatos estarrecedores e suspeita de assassinato.
“Com certeza é uma ironia do destino. Só espero que esse não seja o destino dele”, disse Edson Alves, o “Fera”, primeiro técnico de Bruno, responsável pela primeira passagem de Bruno pela penitenciária.
“Enquanto conviveu comigo, nunca me deu problema”.
Família do jogador não tem vida de luxo
Com a certidão de nascimento e fotografias de Bruno nas mãos, a avó do goleiro revela ter vida nada glamourosa. Luceli Alves de Souza, de 65 anos, vive de forma simples na pacata Alcobaça, cidade ao sul da Bahia. Mais que isso, é ela quem sustenta a mãe, dois irmãos e um tio do atleta – além de três rottweilers (Duque, Neli e Bob), um pitbull (Alanis) e um cachorro vira-lata (Trancinha). Professora de Ciências Sociais e analista administrativa, Luceli admite que o dinheiro da aposentadoria mal dá para pagar as contas. Por isso, Sandra Cássia Souza de Oliveira Santos, mãe do goleiro Bruno, recebe R$ 102 de Bolsa Escola do governo federal.
Advogado prepara nova investigação
Belo Horizonte
O advogado Ércio Quaresma, que representa seis dos nove suspeitos de envolvimento no caso de desaparecimento e morte de Eliza Samudio, 25, disse, ontem, que estuda montar uma investigação técnica paralela à da Polícia Civil de Minas Gerais, que apura o caso.
“Estou vendo nomes de peritos que possam levantar dados técnicos. Um deles pode ser George Sanguinetti (legista que ficou conhecido no caso da morte de PC Farias, tesoureiro da campanha do ex-presidente Collor)”.
O intuito também é tentar desmontar a versão que a polícia mineira vem apresentando até agora, com base nos depoimentos de um menor e do primo do goleiro do Flamengo, Bruno - Sérgio Rosa Sales Camelo.
Quaresma é o defensor de Bruno, da mulher do atleta, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, de Flávio Caetano de Araújo e Wemerson Marques de Souza, o Coxinha (amigos do jogador), e de Elenílson Vítor da Silva, administrador do sítio do goleiro, em Esmeraldas (MG).
O goleiro do Flamengo é suspeito de ser o mandante do crime. Luiz Henrique Romão, o Macarrão, é suspeito de ter sequestrado e presenciado a morte da modelo.
A mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, segundo a polícia, escondeu o bebê de Eliza a pedido de Macarrão, e está presa num presídio feminino.
Outro defensor dos suspeitos, que pertence à equipe de Quaresma, Frederico Franco, informou que eles não têm expectativa de obter o inquérito da polícia neste fim de semana e que, por isso, há possibilidade de ingressar com habeas corpus para os detidos na segunda-feira.
O inquérito, na opinião de Franco, é frágil e, para ele, é o principal motivo para a polícia não entregar a documentação aos defensores. (Agência Folha)
Sem direito a visitas por 30 dias
Belo Horizonte
O goleiro Bruno Fernandes e os outros cinco suspeitos de envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio, ex-namorada do atleta, que estão presos na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG), não poderão receber visitas neste fim de semana. Apenas depois de 30 dias presos eles conseguirão ter o beneficio. Durante este tempo, eles também não têm direito ao banho de sol. A visita de advogados, no entanto, é liberada.
Os suspeitos aguardam o andamento das investigações em celas individuais, sem nenhum contato com os outros presos. As informações são da Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais.
Seis presos
Além de Bruno, estão presos Luiz Henrique Romão, o Macarrão, considerado braço-direito do goleiro; Marcos Aparecido dos Santos, o Bola; Wemerson Marques, o Coxinha; Flávio Caetano e Elenilson Vitor da Silva.
De acordo com a polícia, após o período de 30 dias, os dias de visitas são sábado e domingo, das 8h às 14h, mas nenhum deles deve receber parentes ou amigos porque as visitas têm de ser agendadas com dez dias de antecedência.
Fonte: A Gazeta
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