terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Neném fofo 'imita' barulho de trator ao sorrir. Veja o vídeo


Imitar os adultos, capacidade inata da criança, é fundamental na conquista da autonomia 
Seu filho imita seus gestos? Isso é absolutamente normal. "Os bebês imitam os adultos desde o primeiro dia", acredita o pediatra Antonio Marcio Junqueira Lisbôa, autor do livro Seu filho no dia a dia (Editora Record). Primeiro, são as expressões faciais, depois vêm os gestos corporais e, enfim, as palavras. "A imitação, capacidade inata do ser humano, é uma das formas mais eficientes de aprender novas ações", afirma Lisbôa. É a partir de um ano que a imitação fica mais evidente. Não se espante se, ao se ajoelhar para regar uma planta, seu filho fizer o mesmo.

Nessa fase, a partir de 1 ano, as crianças ficam obcecadas pelas coisas de gente grande, como telefones, panelas, chaves e eletrodomésticos. Quando seu filho finge estar conversando no telefone do pai ou sai andando pela casa com a bolsa da mãe a tiracolo, está desenvolvendo suas habilidades motoras e cognitivas. "O gesto é fundamental para a conquista da autonomia, e por isso deve ser incentivado", afirma a psicóloga Ana Cássia Maturano. Mas, caso você esteja preocupada com a segurança da criança ou a conservação dos objetos, opte pelas imitações de brinquedo: telefones de plástico, minicozinha ou vassourinhas também estimulam o faz-de-conta.

Siga o líder 
No jogo da imitação, os pais são os primeiros a ser copiados. Em seguida estão os demais adultos, como a babá e familiares e, por volta dos 18 meses, eles também copiam outras crianças. "Imitando os adultos, elas querem se igualar. Por isso, fazem questão de usar as mesmas coisas", diz a psicóloga Ana Cássia. Para ela, os pais têm de se policiar, uma vez que são os principais "modelos" de identificação. "Além de gestos simples, como pentear o cabelo, a criança também imita a maneira como os pais falam. Se eles gritam ou dizem palavrões, é provável que a criança também o faça."

Tudo eu 
Na conquista da autonomia, depois de algumas tentativas, as crianças acham que já sabem fazer tudo sozinhas – e batem o pé se alguém tentar ajudar. Querem escovar os dentes, pentear o cabelo e comer como os adultos, mesmo que ainda não estejam totalmente habilitadas. "Deixar a criança agir por si só é uma maneira de demonstrar que se acredita na capacidade dela", diz a psicóloga Ana Cássia Maturano. Para dar uma ajudazinha, basta providenciar objetos mais simples, como talheres infantis, copos e escovas de cabelo menores ou mesmo um banquinho para o filho alcançar a pia ao escovar os dentes. "E, é claro, não custa dar uma fiscalizada depois que ela terminar", diz o pediatra Antonio Marcio Junqueira Lisbôa.

http://revistacrescer.globo.com

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