quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Cientistas constatam aceleração do derretimento em glaciar na Patagônia

Cientistas constatam aceleração do derretimento em glaciar na Patagônia
Geleira Jorge Montt, no Chile, retrocedeu 1 km em um ano, diz estudo.
Investigação científica aponta o aquecimento global como responsável.

Glaciar Jorge Montt, Chile (ESPAÑOL) con líneas de tiempo.


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A geleira Jorge Montt, localizada no Campo de Gelo Sul da Patagônia chilena retrocedeu um quilômetro em um ano devido ao aquecimento global e às condições oceanográficas, indicou um estudo divulgado nesta quarta-feira (7) pelo Centro de Estudos Científicos do Chile.

“Quase todas geleiras da região têm experimentado perdas de áreas por conta do aquecimento global. O glaciar Jorge Montt é o que registrou maior retrocesso”, disse Andrés Rivera, durante a apresentação da pesquisa.

A investigação científica evidenciou que a estrutrura do glaciar de 454 km² “é uma das que apresentaram uma maior perda de tamanho e mais acentuada regressão no Hemisfério Sul”.

Além disso, o recuo da geleira Montt significou mudanças na geografia do Campo de Gelo Sul, que tem 13 mil km² e é a terceira maior superfície congelada do planeta, atrás apenas da Antártida e da Groelândia.

Durante a década de 1990, a geleira Montt retrocedeu cerca de 7 km, mas desta vez, o degelo acelerou, o que produziu um grande número de icebergs, acrescentou Rivera. A pesquisa foi realizada entre fevereiro de 2010 e janeiro deste ano, tempo em que foram feitas 1.445 fotografias por meio de duas câmeras instaladas perto do glaciar, com quatro disparos diários.
Imagem mostra glaciar Jorge Montt, na Patagônia chilena. Estudo afirma que geleira está retrocedendo rapidamente devido ao aquecimento global. (Foto: Divulgação/Centro de Estudos Científicos/AFP)

Do Globo Natureza, em São Paulo

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