Há 65 milhões de anos
Tricerátopes foi o último dos dinossauros, mostra estudo da Universidade de Yale com fóssil encontrado em Montana, nos EUA
RIO - Um Tricerátope pode ter sido o último dos dinossauros sobreviventes, segundo uma pesquisa da Universidade Yale, dos EUA, publicada esta semana pela revista "Royal Society Biology Letters". De acordo com o estudo, os fósseis do réptil foram descobertos no estado americano de Montana e datam de 65 milhões de anos atrás - mesma época em que um meteorito teria atingido a Península de Yucatan, no México, dando fim à era dos grandes lagartos.
A camada do solo em que o fóssil foi descoberto está muito próxima à do período posterior à grande extinção, dominado por outros animais - mamíferos e aves, principalmente. Tão próxima que, segundo os pesquisadores, seu estudo poderia derrubar uma teoria há muito conhecida entre paleontólogos: a possibilidade de que os dinossauros já estavam entrando em extinção muito antes da chegada do meteorito.
- Ainda não é possível saber quando eles começaram a sumir - destaca o paleontólogo Alexander Kellner, do Museu Nacional, no Rio, que não participou da pesquisa. - O ponto alto deste novo trabalho é encontrar aquele que seria o mais novo dos dinossauros. Não há, no entanto, nada de especial que tenha feito os tricerátopes durar mais do que as outras espécies. Quem continuar com as buscas logo encontrará outros contemporâneos dessa espécie, talvez até tiranossauros.
Kellner, assim como os autores do novo estudo, concorda que a queda do meteorito atirou bilhões de toneladas de cinzas no ar. A poeira filtrou a luz do Sol, provocando um "inverno nuclear", que esfriou o planeta e secou a vegetação da qual os dinossauros dependiam, direta ou indiretamente.
- Sabe-se que as mudanças climáticas contribuíram para a extinção das espécies - explica Kellner. - Entre os pterossauros, a diversidade de espécies foi diminuindo muito antes desse impacto final. Se o mesmo vale para os dinossauros, ainda temos um longo caminho para percorrer.
O Globo
Descoberta de fóssil mexe com debate sobre extinção dos dinossauros
Chifre, de tricrátopo ou torossauro, é fóssil mais recente já encontrado e dá força a teoria do meteoro
Paleontólogos norte-americanos descobriram o até agora fóssil mais novo já encontrado no mundo. Trata-se de um chifre de 45 centímetros que ficava na testa de um tricerátopo ou de um torossauro que provavelmente viveu há cerca de 65 milhões de anos atrás.Mais importante que o fato de ser o fóssil mais novo, o chifre mexe com o debate sobre a forma como os dinossauros foram extintos.
Exemplo de um fóssil de tricerátopo, exposto no Museu de História Natural de Smithsonian (EUA)// Crédito: Quadell/Wikimedia
A teoria mais aceita é de que há 65 milhões de ano, um meteoro caiu na região que hoje é a península de Yucatán, no México, levantando uma nuvem de poeira sobre o mundo que impediu a luz solar de chegar às plantas, que não puderam fazer fotossíntese e morreram, e assim os dinossauros herbívoros morreram por não terem alimento, o que por fim ocasionou a morte dos dinossauros carnívoros que também ficaram sem alimento.
Só que uma teoria corrente entre cientistas é de que no momento em que o meteoro atingiu a Terra, já quase não existiam mais dinossauros, ou até mesmo que estavam totalmente extintos. Eles acreditam que os animais haviam morrido devido às mudanças climáticas daquele tempo, que contava com intensas atividades vulcânicas e nível dos mares mais elevado.
A teoria da extinção pelas mudanças climáticas ganhou força porque nenhum fóssil foi encontrado na área de solo de três metros correspondente as eras Cretácea e Terciária. Esse solo é formado por rochas sedimentares, que contêm irídio e quartz, que seriam as provas de que o meteoro caiu na Terra nesse período. O chifre agora descoberto estava há apenas 13 centímetros dessa região do solo, o que, para seus descobridores, prova que tricerátopo ou torossauro que o tinha na testa estava andando pela Terra quando o meteoro caiu.
por Redação Galileu
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