quarta-feira, 16 de março de 2011

Acne: É é possível ficar livre das espinhas?

Sim, é possível ficar livre das espinhas. Em alguns casos basta mudar de hábitos. Em outras situações, o jeito é um tratamento mais agressivo que pode combinar ácidos, remédios e alimentação

Elas costumam surgir, geralmente, na adolescência e em partes de destaque do corpo, como rosto, colo e costas. São as espinhas. Elas atormentam a vida de muitos adolescentes, que querem ficar livres do incômodo o mais rápido possível.

Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional do Espírito Santo, Sandra Maria Bittencourt, 90% dos adolescentes sofrem com o problema.

O ideal, evidentemente, é ter uma pele lisa e saudável. Mas, para quem não tem essa sorte, não é preciso ficar desesperado, nem se sentir o pior dos seres humanos e muito menos o mais feio.

O problema tem solução e em alguns casos adotar algumas atitudes diferentes contribuem bastante para evitar o aparecimento das espinhas e até mesmo auxiliar no tratamento.

O estudante Hyago Monteiro, 17 anos, conhece bem o problema. "Comecei a ter espinha desde cedo. Meu pai teve muita espinha na adolescentes e eu herdei. Mas minha mãe me levava ao dermatologista. Só que fui para Flórida e parei o tratamento. Passei a comer muito fast food. Aí já viu. Hoje, tomo um medicamento oral e passo um ácido no rosto todo dia. Minha pele melhorou bastante, mas ainda ficaram as manchas", conta Hyago.

De acordo com a dermatologista, acne tem relação com genética e os meninos são os mais afetados. "Por uma pré-disposição familiar, as glândulas sebáceas reagem mais aos hormônios da puberdade, principalmente a testosterona, que há tanto no homem quanto na mulher - nelas em menor quantidade. As glândulas aumentam de tamanho, produzem a secreção um pouco alterada, e por fator genético, há um estreitamento na saída do ducto onde elimina a secreção da glândula, endurecendo o material sebáceo, dando origem ao cravo - comedão. Essa glândula pode romper, o que é chamado vulgarmente de espinha, levando a várias graduações de acne", explica a especialista.


"Minha acne é de grau 2 resistente. Isso quer dizer que, é uma acne leve, mas que resiste a ácidos leves, presentes em outros tipos de remédios que combatem espinhas, por isso o Roacutan foi receitado", diz Lívia. Essa foto foi tirada após ela fazer um peeling e tem tratamento


O caminho parece meio complicado, mas o resultado do processo é bem conhecido. A estudante Lívia da Silva , 18 anos, é outra que fica bastante incomodada com as protuberâncias no rosto, apesar de hoje serem pouco visíveis. "Aos 12 anos começou a me dar espinhas. Tomei um remédio por conta própria e causou efeito contrário, aumentou muito", afirma a estudante.

Por isso, a dermatologista Sandra Maria Bittencourt aconselha fazer acompanhamento médico para tratar a acne. "A pessoa nunca deve se auto-tratar. Também não deve espremer as espinhas porque pode causar inflamação, que gera cicatriz", alerta.

Lívia continuou na luta para ficar livre do problema. "Aos 14 anos, passei a me tratar com a minha dermatologista atual. Fui melhorando aos poucos, mas sempre o efeito era paliativo. Fiquei assim por quatro anos. Usei vários ácidos e fiz peeling. Ficava bom na hora, mas depois de duas semanas voltava. Há um mês passei a tomar um medicamento mais forte. O único efeito colateral que estou sentindo é a boca ressecada", diz Lívia.

Sobre o remédio adotado por Lívia, a dermatologista Sandra afirma que ele deve ser usado em graus mais severos de acne e precisa ser monitorado pelo especialista. "É o tratamento mais eficaz. Os outros contornam a acne - não curam. Já essa medicação tem uma perspectiva de cura em torno de 85%, se a pessoa não tem problema hormonal. É importante que o tratamento seja feito corretamente. Se não tomar uma dose eficaz, volta tudo de novo. Mas tem efeitos colaterais como má formação do feto, aumento da sensibilidade solar, ressecamento da mucosa labial e as taxas de triglicerídios podem crescer", salienta a médica.

Dicas para evitar o problema

Evite filtro solar com óleo e álcool e maquiagens em excesso. Certos medicamentos causam acne medicamentosa. Excesso de aminoácidos, corticoides orais e anabolizantes também pioram a acne. Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional do Espírito Santo, Sandra Maria Bittencourt, não existe dado científico que comprove a relação entre a alimentação e acne.


LAILA MAGESK -

A Gazeta


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