segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Hipotireoidismo - conheça a doença que fez Ronaldo fenômeno engordar

Hipotireoidismo é uma deficiência do hormônio da tireóide em seres humanos e outros vertebrados. A deficiência de iodo é a causa mais comum de hipotireoidismo em todo o mundo, mas pode ser causado por outras causas, tais como condições diversas das da glândula tireóide , ou menos comumente, a glândula pituitária ou hipotálamo . Pode ser o resultado de uma falta da glândula tireóide. Também pode ser devido a iodo-131 usados para tratar o câncer de tireóide, sua remoção cirúrgica . Cretinismo é uma forma de hipotireoidismo encontrada em crianças .

O que é Tireóide?

É uma glândula localizada na parte anterior do pescoço, bem abaixo do pomo-de-adão. Ela produz hormônios que afetam a maioria dos órgãos, incluindo o coração, cérebro, fígado, rins e pele.

O que é Hipotireoidismo?

Quando seu médico diz: "Você está com hipotireoidismo", significa que você apresenta sintomas comuns, compatíveis com baixa função da sua glândula tireóide, ou seja, sua tireóide está produzindo pouco hormônio.

Felizmente, o tratamento do hipotireoidismo é fácil, eficaz e sem dor.

Milhões de pessoas são acometidas

O hipotireoidismo é muito comum. É difícil estimar o número de pacientes com a doença, pois muitas pessoas têm hipotireoidismo e não sabem.

Pesquisas revelam que cerca de 5 milhões de brasileiros têm hipotireoidismo, a grande maioria ainda não diagnosticada.

Um grande número de pessoas apresenta sintomas vagos de cansaço e desânimo, atribuindo-os, de forma errônea, como sendo próprios da idade.

O hipotireoidismo pode ser encontrado em homens e mulheres. Sua incidência aumenta com a idade, sendo quatro vezes mais freqüente nas mulheres, principalmente após os 50 anos.

Quem tem mais chance de apresentar ou desenvolver hipotireoidismo?


  • Mulheres, especialmente acima dos 40 anos;

  • Homens acima dos 65 anos;

  • Mulheres em período pós-parto (6 meses após o parto);

  • Pessoas com colesterol alto;

  • Pessoas que já tiveram doenças de tireóide anteriormente;

  • Pessoas com história familiar de doenças auto-imunes (tireoidite de Hashimoto);

  • Pessoas que apresentem outras doenças auto-imunes como: Diabetes tipo I, Lúpus e Artrite Reumatóide;

  • Pessoas tratadas anteriormente de hipertireoidismo;

  • Pessoas que estiveram em tratamento de radioterapia de cabeça e pescoço;

  • Pessoas em uso de lítio ou amiodarona;

  • Pessoas com depressão e/ou doença do pânico.


Qual a causa do hipotireoidismo?

O hipotireoidismo pode ter diversas causas. A mais comum é a que decorre da doença de Hashimoto. Esta doença aparece quando o organismo, por razões desconhecidas, não reconhece a tireóide como parte do próprio corpo e o sistema imune prejudica o seu funcionamento. A tireóide, assim alterada, produz menos hormônios.

O hipotireoidismo também aparece em pessoas submetidas à cirur4 da tireóide ou que se trataram de hipertireoidismo (aumento da função tireoideana) com iodo radiativo ou radioterapia.

Algumas crianças nascem com hipotireoidismo por falta da glândula tireóide ou por mau funcionamento. Estas crianças devem ser tratadas imediatamente e por toda a vida, para que possam se desenvolver normalmente.

Sinais e sintomas do hipotireoidismo

Como o hormônio da tireóide afeta praticamente todas as células do seu corpo, você pode apresentar uma grande variedade de queixas se estiver com hipotireoidismo:


  • Cansaço

  • Depressão;

  • Pele ressecada;

  • Cabelos ásperos;

  • Unhas quebradiças;

  • Constipação intestinal (prisão de ventre);

  • Anemia;

  • Fadiga;

  • Perda do apetite;

  • Aumento de peso;

  • Períodos de menstruação irregular ou ausente;

  • Tornozelos e rosto inchados;

  • Colesterol elevado;

  • Às vezes, pressão baixa.

  • Efeitos do Hipotireoidismo


A carência de hormônios da tireóide afeta as pessoas de diferentes maneiras. Pode causar diversos problemas.


  • Cérebro: Dificuldade de concentração, depressão;

  • Pele e cabelo: Queda de cabelos, ressecamento da pele;

  • Coração: Diminuição do ritmo cardíaco;

  • Músculos: Fraqueza, dor e fadiga;

  • Aparelho digestório: Constipação intestinal (prisão de ventre)

  • Fígado: Colesterol alto;

  • Rins: Retenção de líquidos;

  • Órgãos reprodutivos: Alterações menstruais e infertilidade;

  • Outros sintomas: Apatia (desânimo); ganho de peso; dores articulares.




Um simples exame de sangue comprova o diagnóstico

No passado, o hipotireoidismo era em geral, diagnosticado quando já estava em estádio avançado. Hoje, a sensibilidade dos novos testes laboratoriais possibilitam o diagnóstico em fase muito precoce. Um destes exames, o TSH (hormônio estimulador da tireóide), mede a quantidade deste hormônio que está circulando no sangue e informa como está funcionando sua tireóide.

O tratamento correto garante boa saúde

É indispensável tratar o hipotireoidismo, pois a falta de tratamento pode ocasionar sérios danos para a sua saúde. Os riscos da falta de tratamento do hipotireoidismo diferem de pessoa para pessoa. Nos recém-nascidos (hipotireoidismo congênito), o tratamento imediato é crucial para prevenir o retardo mental, atraso no crescimento, deformações físicas e outras anormalidades importantes. Esta é a razão pela qual todos os recém-nascidos devem ser submetidos ao "Teste do Pezinho".

Crianças e adolescentes com hipotireoidismo podem ter seu desenvolvimento mental e físico seriamente comprometidos, se não forem prontamente tratados. Nos adultos, as conseqüências do não tratamento do hipotireoidismo podem provocar considerável desconforto ou incapacidade. Se o hipotireoidismo for acentuado, o não tratamento pode resultar em doença mental e cardíaca ou, se for de maior gravidade, levar a danos ainda mais sérios.

Como a maioria dos casos de hipotireoidismo resulta de danos irreversíveis da glândula tireóide, não existe tratamento que proporcione cura definitiva.

A reposição hormonal é o tratamento de escolha do hipotireoidismo e visa repor o hormônio que a tireóide doente não consegue produzir. O hormônio sintético da tireóide usado no tratamento é chamado de levotiroxina sódica.

Duração do tratamento

A levotiroxina funciona no organismo exatamente como o hormônio natural da tireóide. É indispensável tomar os comprimidos de levotiroxina diariamente, para que o objetivo seja alcançado.

Para a grande maioria dos pacientes, o hipotireoidismo é crônico, portanto o tratamento deverá ser instituído por toda a vida.

Precisão na dosagem

A quantidade necessária de levotiroxina varia de pessoa para pessoa. Seu médico solicita exames muito sensíveis de laboratório para determinar a melhor dosagem de levotiroxina. Por isto, é importante seguir as instruções do seu médico, tomando a dose recomendada de levotiroxina, diariamente.

Melhora lenta e gradual do hipotireoidismo

Os sintomas do hipotireoidismo não desaparecem assim que você inicia o tratamento com hormônio da tireóide. Se você mantiver o tratamento, tomando os comprimidos de levotiroxina diariamente, notará uma lenta e progressiva melhora na sua aparência e bem-estar. Mesmo que você tenha um hipotireoidismo acentuado, alguns meses após o tratamento sentirá alívio de todos os seus sintomas. Mas não se esqueça: sentir-se melhor não significa que você pode parar de tomar o hormônio da tireóide!

Ainda que os sintomas tenham diminuído, é importante continuar o tratamento. Os comprimidos que você está tomando substituem o hormônio que sua tireóide não fabrica mais em quantidades suficientes. Se você parar de tomar a medicação, seu organismo terá a função do hormônio sintético diminuída nos períodos subseqüentes e com isso, nas semanas seguintes, seus velhos sintomas deverão retornar gradualmente.

Para você, que já está em tratamento com levotiroxina sódica (hormônio tireoideano), seguem alguns pontos:

Visite seu médico regularmente e entenda o propósito do seu tratamento.

Tome seu medicamento todo dia e, de preferência, na mesma hora.

Caso inicie um tratamento para outro problema, avise ao seu médico que está em uso de levotiroxina. Alguns medicamentos interferem com os resultados dos exames laboratoriais e com a ação da levotiroxina.

Avise o seu médico quando engravidar ou iniciar tratamento para outras condições. Ele assim poderá ajustar a dose de reposição do hormônio tireoideano.

Comente sempre com o seu médico o aparecimento de novas reações ou sintomas.

Faça os exames laboratoriais periodicamente, conforme a solicitação de seu médico.

Lembre-se de que a substituição de uma marca de hormônio sintético por outra e o ajuste de doses só podem ser feitos pelo médico.

Tratamento hormonal não é identificado em exame antidoping, dizem especialistas


Nesta segunda-feira, ao anunciar sua aposentadoria, Ronaldo, 34, falou que há quatro anos tem uma doença que prejudica a sua briga com a balança: o hipotireoidismo.

A endocrinologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Vivian Stefan explica que o hipotireoidismo é um distúrbio que diminui a produção de hormônios.

A doença faz com que a glândula tireoide funcione em um ritmo abaixo do normal, comprometendo as funções orgânicas e o metabolismo do corpo.

Segundo a especialista, culpar exclusivamente a doença pelo excesso de peso é um erro. "Via de regra, os erros alimentares e o sedentarismo são os culpados", afirma a endocrinologista.

O problema é irreversível, mas pode ser tratado com reposição hormonal específica.
Ainda durante a entrevista coletiva, Ronaldo afirmou que evitou o tratamento com medo de ser flagrado no exame antidoping.

Segundo o Código Antidoping, o atleta é liberado para usar substâncias consideradas proibidas quando houver o uso terapêutico.

Vivian Stefan destaca que o tratamento não é identificado durante um exame antidoping.

Fadlo Fraige Filho endocrinologista Beneficência Portuguesa de São Paulo, concorda com a afirmação e destaca que se as doses receitadas no tratamento estiverem de acordo com a necessidade do paciente, não há motivos para o hormônio ser apontado no exame.

Nenhum comentário:

Postar um comentário