Prisão de ventre, boca seca, ficar muito tempo sem se alimentar. Esses são apenas três das mais de 50 causas do mau hálito. Diferente do que muitos pensam, a falta de higiene bucal não é o motivo principal para o odor desagradável, apesar de ser essencial para prevenção.
"O mau hálito significa presença de alguma anormalidade ou condição doentia, logo pode ser de grande importância no diagnóstico de determinadas doenças", afirma o especialista e pesquisador do tema, o dentista Elson Simões Reis. Mais de 30% dos brasileiros têm mau hálito. E, segundo o dentista, é um engano pensar que escovar os dentes sem parar e usar enxaguante bucal irá melhorar a situação - pode ser agravada. "Enxaguante bucal, muitas vezes, atrapalha por ter álcool na composição. E os que não têm álcool, têm solvente que pode irritar as mucosas e, consequentemente, piorar muito o hálito. O enxaguante precisa ser suave", orienta o especialista.
Sobre a relação da halitose com problemas de estômago, Elson Simões afirma ser mito. "É um mito achar que o mau hálito vem do estômago. Apenas 1% das halitoses é provocada por problemas gástricos. Mesmo o refluxo não leva ao mau hálito, apenas um gosto diferente na boca", explica.
Outra atitude não recomendada é mascar chicletes. "A maioria deles é de péssima qualidade. Por ele ter um gosto prolongado, a gente acaba usando por muito tempo. Isso causa fadiga da glândula salivar, assim ela não vai produzir saliva e a boca fica desidratada. O uso contínuo é prejudicial para o hálito e só mascara o problema", frisa o dentista.
Para identificar o mau hálito, existem quatro aparelhos específicos no país e um deles está no Estado. O preço é um pouco salgado R$ 200,00. No vídeo, o dentista mostra como funciona a máquina e ensina a utilizar corretamente o fio dental. Elson Simões também destaca a importância de limpar o nariz com soro fisiológico como atitude preventiva.
(Laila Magesk -A Gazeta)
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