segunda-feira, 11 de abril de 2011

Suspeito de matar irmãs chorou ao ver fotos dos corpos, diz polícia

Suspeito de matar irmãs chorou ao ver fotos dos corpos, diz polícia
Segundo investigador, Ananias dos Santos demonstrou arrependimento.
Ele foi preso pela morte de Jocely e Juliana na madrugada desta segunda.


Preso na madrugada desta segunda-feira (11) na zona rural de Cunha, no interior de São Paulo, Ananias dos Santos, principal suspeito de ter matado as irmãs Jocely e Juliana em março deste ano, demonstrou arrependimento e chorou ao ver fotos dos corpos das adolescentes. Ele foi preso na casa de sua família, e contou ter ficado escondido na região desde que começou a ser investigado pelo crime.

As irmãs desapareceram no dia 23 de março e foram encontradas mortas cinco dias depois. “Ele chorou quando viu as fotos do encontro dos cadáveres. Ele disse que já pretendia se entregar, mas ia esperar mais um pouco”, afirmou o investigador Mário Celso Fagundes, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Guaratinguetá, responsável pela prisão. Segundo o investigador, o suspeito disse que estava receoso de ser reconhecido. Ele também afirmou que se sentia humilhado e hostilizado pelas vítimas.

Segundo a polícia, após ser questionado, ele confessou ter cometido o assassinato na noite do desaparecimento das adolescentes. O suspeito chegou à DIG de Guaratinguetá no fim desta manhã.

De acordo com Fagundes, Santos negou que outra pessoa o tenha ajudado no crime – ele afirmou ter feito tudo sozinho. O suspeito também contou que levou as meninas até o local do crime a pé, sob ameaça, e que mandou elas jogarem suas mochilas no rio depois que as duas reclamaram do peso.

Durante o tempo em que foi procurado pela polícia, Santos ficou escondido nas proximidades da propriedade dos pais. Ele montou barracas em áreas que não são de sua família, onde passava o dia. Durante a noite, voltava para a casa dos pais. A medida foi tomada para que ele não fosse reconhecido.
Após a prisão, os policiais procuraram na região a arma que pode ter sido utilizada no crime. Ela foi encontrada escondida embaixo de uma pedra, a cerca de 60 km da casa da família do suspeito.

A polícia também vai investigar a participação dele em outro crime. Segundo o investigador Fagundes, um casal para quem ele prestou serviços ao sair do presídio de Tremembé foi encontrado assassinado com tiros no rosto duas semanas após ter demitido o suspeito.


Letícia Macedo
Do G1 SP, em Guaratinguetá


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