terça-feira, 30 de abril de 2013

Garota de programa conta em blog sua rotina e quer fazer mestrado

Garota de programa conta suas aventuras em blog e planeja iniciar mestrado 
Jovem assume, sem medo, ser garota de programa. E conta, em um blog, as experiências vividas com os clientes 

 Uma "garota simpática, bela e que adora sexo!". Assim se define a jovem Gabriela Natália da Silva, que profissionalmente é conhecida como Lola Benvenutti. Além dos adjetivos a cima, Lola também é uma jovem que quebra tabus. Recém formada em letras pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), ela assume, sem problemas, ser garota de programa.


Além disso, ela é dona autora do blog "Lola Benvenutti". Uma página onde ela escreve contos baseados nas experiências com seus clientes. Os textos são completos e cheios de detalhes. Lola usa todo talento como recém formada em letras para contar o que viveu. No final de cada texto, há ainda, uma avaliação rápida sobre o cliente.
Em entrevista ao portal G1, Lola avalia que o blog é uma forma para levantar a discussão sobre o prazer no sexo.
“As pessoas são hipócritas, vivem de sexo, veem vídeo pornográfico, mas não falam porque têm vergonha. Um monte de mulher entra no blog e fala que adoraria fazer o que eu faço, mas não tem coragem; e dos homens escuto as confissões mais loucas e cada vez mais esse tabu do sexo é uma coisa besta”, pontua.
"Faço porque gosto"
Lola explica que é garota de programa porque gosta. “Sempre gostei de sexo, então tinha um desejo secreto de trabalhar com isso e não há nada mais justo, faço porque gosto”, afirma
Diferente de outras garotas de programa, Lola não se prostituiu para pagar a faculdade. Pelo contrário, ela diz que não precisou disso. Nascida em Pirassunga (SP) ela se mudou para São Carlos para fazer faculdade e quando se tornou garota de programa, ela preferiu manter a
profissão em segredo.
“Fiquei com um pouco de medo de isso reverberar de alguma forma na faculdade, então achei melhor terminar a graduação para colocar o blog no ar”, explica.

Carreiras
Mesmo tendo escolhido ser uma profissional do sexo, Lola não deixou de lado o interesse pela carreira acadêmica. “Também quero dar aula, mas por hobby, e além disso também tem a questão financeira, porque dando aula hoje você quase não se sustenta”, argumenta.
Mas ela analisa que essa pode não ser uma tarefa tão simples “Acho que as duas coisas são difíceis de casar, é muito difícil que uma escola que sabe o que eu faço me permita trabalhar com eles, vou ter que derrubar barreiras”
Ainda em 2013, Lola pretende se mudar para São Paulo. Lá, ela pretende continuar como garota de programa e iniciar um mestrado. E ela adianta que o tema de sua dissertação será prostituição ou fetiche.
Lola diz que esse assunto desperta interesse desde quando era adolescente. “Desde os 14 anos estudo o sadomasoquismo, que hoje está ficando mais popularizado com ajuda do livro ‘Cinquenta Tons de Cinza’, que é marginalizado para quem curte, mas abriu um leque para as pessoas que não conheciam”, explicou.
Interesse por sexo

O interesse de Lola pelo sexo começou com aos 11 anos, quando ela tinha uma vontade de deixar de ser virgem, o que ela considerava um fardo. “Desde os 11 anos queria me livrar desse fardo, mas perdi a virgindade com 13 anos e a primeira vez foi péssima, com um homem de 30 anos que conheci pela internet”, relembrou.
No início, Gabriela ficou em dúvida sobre o prazer causado pelo sexo.“Não fiquei confortável, fiquei um tempo sem fazer pensando em como era possível as pessoas falarem tanto disso, mas aí depois de um tempo eu fui gostando e a percepção mudou”, revelou.
 
Família

Quando volta para cidade natal, Lola causa alvoroço. Mas a relação com a família é estável. “Eu não vou muito pra lá, sinto que toda vez que vou, levanto uma poeira de discórdia e os vizinhos ficam comentando. Minha mãe já desconfiava porque nunca pedia dinheiro para ela e a relação foi muito mais difícil porque ela se importa muito com o que os outros dizem, mas a gente se fala”, conta.
O pai de Lola é militar da reserva. E, entre ele e a filha há uma  relação de respeito e separação entre Gabriela e Lola. “Meu pai ficou seis meses sem falar comigo, eu achei que fosse pra vida toda, mas aí teve a minha formatura e ele veio. Na ocasião, disse que a filha dele era a Gabriela, não a outra, deixando bem claro que não compactua com isso. Mas ele ficou do meu lado e acho ele um herói porque não me abandonou”, confessou.
 Gazeta Online

Um comentário:

  1. Basta ser puta para ser notícia no Brasil, ne.
    O que não falta e´prostituta em Universidades, o que me preocupa é o fato de prostitutas estarem virando professoras.

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