sexta-feira, 15 de março de 2013

Ryan Hreljac – O menino que tirou a sede de 1 milhão de Africanos

Ryan Hreljac – O menino que tirou a sede de 1 milhão de Africanos

Ryan nasceu no Canadá, em maio de 1991.
Quando pequeno, na escola, com apenas seis anos, sua professora lhes falou sobre como viviam as crianças na África.

Profundamente comovido ao saber que algumas até morrem de sede, sendo que para ele próprio bastava ir a uma torneira e ter água limpa. Ryan perguntou a professora quanto custaria para levar água para a Africa, e a professora lembrou que havia uma organização chamada "WaterCan", que poderia fazer poços custando cerca de 70 dólares.

Quando chegou em casa, foi direto a sua mãe Susan e lhe disse que necessitava de 70 dólares para comprar um poço para as crianças africanas. Sua mãe disse que ele deveria conseguir o dinheiro pelo seu esforço, e deu-lhe tarefas em casa com as quais Ryan ganhava alguns dólares por semana. Finalmente reuniu os 70 dólares e foi para a "WaterCan". Quando atenderam, disseram-lhe que o custo real da perfuração de um poço era de 2.000 dólares.. Susan deixou claro que ela não poderia lhe dar todo esse dinheiro, mas Ryan não se rendeu e prometeu que voltaria com os 2.000. Passou a realizar tarefas na vizinhança e acumulando dinheiro, o que contagiou seus irmãos, vizinhos e amigos, que puseram-se a ajudar. Até reunir o dinheiro necessário. E em janeiro de 1999 foi perfurado um poço numa vila ao norte de Uganda.
Quando o poço ficou pronto, a escola de Ryan começou a se corresponder com a escola que ficava ao lado do poço. Assim Ryan conheceu Akana: um jovem que lutava para estudar a cada dia. Ryan cativado, pediu aos pais para viajar para conhecer Akana. Em 2000, chegou ao povoado, e foi recebido por centenas de pessoas que formavam um corredor e gritavam seu nome. - Sabem meu nome? - Ryan surpreso pergunta ao guia. - Todo mundo que vive 100 quilômetros ao redor sabe. respondeu.
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Hoje em dia Ryan, com 21 anos, tem sua própria fundação e já levou mais de 400 poços para a Africa. Encarrega-se também de proporcionar educação e de ensinar aos nativos a cuidar dos poços e da água.
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UM GAROTO DE SEIS ANOS E UM SONHO. PRECISA DIZER MAIS???

Fonte: Clique aqui
Fundação Bem Ryan


Ryan Hreljac, canadense, nascido em 31 de maio de 1991 (mais novo que muitos leitores PdH, não?), desde pequeno desejava um mundo mais justo e não entendia o motivo de tantas pessoas morrerem de sede ou por água contaminada na África. O cara já beneficiou mais de 700.000 vidas.

A aula onde tudo começou

Com apenas seis anos, Ryan Hreljac estava assistindo uma aula na sua escola em Kemptville, Canadá, quando a professora disse que todos os anos milhares de crianças africanas ficavam doentes ou morriam por ingerir água contaminada. As condições de saneamento eram péssimas e as crianças tinham que andar vários quilômetros por dia para conseguir um pouco de água. Suja e escura, longe de ser potável.
Ryan se comoveu com a história, pois ele tinha água limpa a hora que quisesse, sem nenhum esforço, bastava abrir a torneira. Perguntou para sua professora qual o valor que precisaria para levar água para as crianças africanas e ela se lembrou da ONG WaterCan que perfurava poços na África e que um poço pequeno deveria custar cerca de 70 dólares.
Ryan chegou todo animado em casa e disse para sua mãe, Susan, que precisava de 70 dólares para construir um poço para as crianças da África. Ela não lhe deu o dinheiro de imediato e informou que ele teria que fazer tarefas domésticas por um bom tempo para poder arrecadar esse valor. O pequeno garoto trabalhou durante 4 meses até conseguir o dinheiro. Isso o fez se sentir muito mais produtivo, participativo e ligado à causa do que se tivessem lhe dado a quantia logo de cara.
Ryan e sua mãe foram até a WaterCan, mas parece que às vezes o mundo se recusa a receber nossos presentes para testar a motivação de nossa generosidade. Na ONG informaram ao garoto que somente a bomba manual custava 70 dólares! Para a perfuração do poço o valor era 2.000 dólares. Susan disse que não poderia lhe dar esse dinheiro, nem que ele fizesse tarefas domésticas a vida toda. Ryan falou que voltaria em breve com o dinheiro.
A energia e determinação de Ryan animaram vizinhos, irmãos e amigos. Todos se propuseram a trabalhar, vender produtos e conseguir doações. Em pouco tempo arrecadaram 700 dólares e a WaterCan prometeu que completaria o restante do valor.
“Eu adoro ouvir mais exemplos de pessoas que apenas fizeram o que elas queriam fazer e não ligaram se não iriam resolver o problema todo ou não iriam fazer o maior impacto sobre o mundo, mas foram ingênuas o suficiente para fazer o que eu fiz quando eu tinha seis anos. E é incrível o que pode acontecer ao longo do tempo.”

O poço que beneficiou milhares de vidas

Em 1999, o tão almejado poço foi construído na Angolo Primary School, em Uganda, beneficiando milhares de pessoas com água potável. A história, porém, não termina aí. Essa foi apenas a realização de uma pequena parte do sonho de Ryan.
Depois da construção do poço, foi feita uma parceira entre a escola do Canadá (Holy Cross Public School ) e a de Uganda (Angolo Primary School), pela qual as crianças podiam trocar correspondências. Numa dessas correspondências Ryan conheceu Jimmy Akana, um garoto que antes da construção do poço tinha que andar oito quilômetros para buscar água imunda. O recipiente que Jimmy carregava era pequeno, tinha no máximo capacidade para 10 litros, assim ele tinha que fazer várias viagens para completar o pote que tinham em casa e só depois ir à escola.
Ryan ficou emocionado com o que Jimmy lhe contou. As correspondências já não eram suficientes: queria conhecê- lo pessoalmente, sentir a realidade dele e das outras crianças. Os pais de Ryan percebiam que mesmo com a construção do poço, o filho não parava e continuava dedicado, lutando por mais doações e com muito esforço financeiro lhe presentearam com uma viagem para Uganda.
Em 2000, Ryan, seus pais e o guia chegaram de caminhonete por uma estrada de terra ao pequeno vilarejo onde foi construído o poço. Ryan ficou surpreso, pois havia milhares de crianças enfileiradas batendo palmas para ele. Os líderes do aldeia levaram Ryan até o poço e lhe pediram pra ler o que estava escrito no concreto:
“Poço de Ryan. Financiado por Ryan Hreljac. Para a comunidade de Angolo”.

Link YouTube | A primeira visita ao primeiro poço
“Esta experiência ajudou-me muito. Aprendi que somos todos iguais. Aprendi que as crianças precisam de certas coisas para viver com saúde e felizes, independentemente do lugar. Precisam de alimentos suficientes para comer e de água para sobreviver. Precisam de ter condições para ir às aulas e oportunidades para brincar e se divertir. Robustos e bem preparados, também eles poderão ajudar a humanidade inteira.”

A família Hreljac ganha um novo membro

Jimmy Akana, o africano que conheceu Ryan na primeira viagem que ele fez para Uganda, estava passando por maus bocados. No dia 20 de outubro de 2002, no meio da noite, Jimmy foi sequestrado violentamente pela Lord’s Resistance Army (LRA), um grupo rebelde que tentava derrubar o governo e que já tinha capturado mais de 20.000 crianças desde 1986, transformando crianças em soldados e forçando -as a matar e raptar pessoas do seu próprio povo.
Ryan na sua primeira viagem até a vila
Desde a visita para Uganda, em 2000, os pais de Ryan, Mark e Susan Hreljac enviavam para Jimmy, roupas, livros e dinheiro para escola. Por um momento Jimmy desanimou e pensou que nunca mais veria Ryan e os pais dele, mas pra quem enfrentou a sede durante anos, escapar não parecia ser tão impossível assim. Jimmy fugiu da cordas e correu. Os soldados deram vários tiros, mas ele conseguiu se esconder na floresta.
Jimmy estava sem teto e sozinho, quando se lembrou de Tom Omach, gerente de projetos, que cresceu perto da vila dele e que organizou a primeira viagem de Ryan para a África. Jimmy chegou a casa de Tom muito assustado e ele prontamente abraçou o garoto e disse que não estavam seguros ali, pois algum vizinho amedrontado poderia denunciá-lo. Tom pedalou por sete quilômetros para a casa do tio de Jimmy e o deixou o garoto lá, dizendo que voltaria em breve para buscá-lo.
Tom Omach mandou uma email para Família de Ryan e todos ficaram preocupados com a situação, não conseguiam dormir e queriam que Jimmy viesse para Canadá o quanto antes. Depois de um plano bem sucedido, Jimmy finalmente chegou ao Canadá e foi morar na casa de Ryan. A permanência definitiva no país não foi nada fácil. Depois de muita papelada, empréstimo feito pela família Hreljac para contratar advogado e audiência com o juiz, Jimmy felizmente estava regularizado no país e podia ficar.
Hoje em dia, Jimmy é um membro permanente da família Hreljac, concluiu o ensino médio e se adaptou bem a nova língua e ao pais. Ele é o braço direito de Ryan na Fundação (Ryan’s Well Foundation), fazendo apresentações e oferecendo seu conhecimento no mundo todo sobre questões da água.
Ryan e Jimmy hoje em dia

Um comentário:

  1. ÁGUA=Um mar de água doce sob a terra seca=Só o Piauí abriga um volume de águas subterrâneas quatro vezes maior que a Baía de Guanabara. Mas os projetos para aproveitá-las estão-engavetados=Nos últimos vinte anos, o geólogo João Alberto Bottura, pesquisador da seção de Águas Subterrâneas do Instituto de Pesquisas Tecnológicas paulista, trabalhou em cerca de vinte projetos de estudos de águas subterrâneas no Nordeste e um para extrair água no Deserto do Saara. Mas, enquanto seu trabalho para Muammar Khadafi está ajudando a transformar o deserto líbio em um pomar, os estudos feitos no Brasil continuam dormindo placidamente nos arquivos e pra-teleiras dos vários órgãos públicos que os encomendaram. “O Nordeste tem pesquisas e conhecimentos suficientes para otimizar o uso dos recursos hídricos disponíveis”, afirma Bottura. “O que falta é a decisão política de aproveitá-los.”
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    http://istoepiaui.blogspot.com.br/2010/12/um-mar-de-agua-doce-sob-terra-seca.html
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    http://super.abril.com.br/ecologia/causas-seca-nordestina-440989.shtml
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    A certeza de que não falta água no Nordeste não é nova. Já em 1984, o Projeto Radam, do Ministério das Minas e Energia, constatava através de sensoreamento remoto a existência de um potencial de 220 bilhões de metros cúbicos de água nas áreas mais afetadas pelas secas. Desse total, 85 bilhões de metros cúbicos estavam na super-fície da terra e 135 bilhões subterrâneas, sendo 15 bilhões em rochas cristalinas, de difícil perfuração, e 120 bilhões em rochas sedimentares, mais fáceis de perfurar para alcançar o lençol freático. Somente no Piauí, afirma o geólogo Aldo da Cunha Rebouças, presidente da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas, o reservatório hídrico sob a terra é superior em quatro vezes à Baía de Guanabara.
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    Um exemplo desse potencial é o poço Violeta, no vale do Rio Gurguéia, no sudoeste do Piauí, o poço de maior vazão da América Latina, com um jorro de 800 000 litros por hora, à tem-peratura de 60° e altura de 27 metros — equivalente a aproximadamente um edifício de nove andares —, suficiente para abastecer uma população de l00 000 pessoas. “No entanto, toda essa água está jorrando em vão, sem ser utilizada para matar a sede das pessoas ou irrigar plantações”, indigna-se o piauiense José Luiz Albuquerque Filho, também hidrogeólogo pesquisador, há treze anos no IPT paulista, diante do incrível desperdício de 70 bilhões de litros de água nos últimos dez anos, desde que o poço de 1 000 metros de profundidade foi aberto. Isso em plena região do Polígono das Secas. E o desperdício não pára por aí.
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