quarta-feira, 27 de março de 2013

Rachel Sheherazade. Defesa de apresentadora de jornal a deputado gera mal-estar

Defesa de apresentadora a deputado gera mal-estar em emissora 
"Um homem não pode ser condenado por suas crenças, nem discriminado por causa delas", disse a âncora do SBT, Rachel Sheherazade


Uma opinião emitida pela apresentadora Rachel Sheherazade, do jornal "SBT Brasil", após uma reportagem sobre uma sessão da Comissão de Direitos Humanos, comandada pelo deputado-pastor Marco Feliciano, causou indignação entre artistas da emissora. Confira o trecho do vídeo aqui
"Um homem não pode ser condenado por suas crenças, nem discriminado por causa delas. É uma garantia constitucional", afirmou a jornalista ao defender o pastor.
Segundo o jornal "A Folha de São Paulo", dentro da emissora os funcionários e artistas teriam organizado uma abaixo-assinado com os dizeres: "Rachel não nos representa". No entanto, o canal disse desconhecer a iniciativa e que os âncoras tem liberdade para emitir opiniões.


Com apoio do partido, Feliciano diz que fica


O PSC anunciou nesta terça-feira, após reunião do partido, apoio à permanência do deputado Marco Feliciano (SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos. Em nota divulgada ao final da reunião, na qual participaram deputados e integrantes da executiva nacional da legenda, o PSC pediu respeito das demais lideranças partidárias na Câmara à indicação. O partido pediu também que militantes contrários a Feliciano “protestem de maneira respeitosa”. O partido defendeu ainda que Feliciano é ficha limpa e foi eleito pela maioria dos integrantes da comissão.
"Não fazemos ameaças, mas se fosse preciso convocar 100, 200, 300 ou 500 ou mais militantes, que pensam como nós, também convocaríamos. Mas o PSC é pela paz, pela harmonia, queremos o entendimento”, disse o partido.
Segundo o partido, o deputado já se desculpou por afirmações malfeitas. “Qualquer um pode deslizar nas palavras, pode errar. O PSC não abre mão da indicação feita pelo partido”.
A nota foi lida pelo vice-presidente nacional do PSC, deputado e pastor Everaldo Pereira (RJ). Cerca de 20 pastores de igrejas evangélicas que estavam no momento aplaudiram a decisão. Manifestantes abriram uma faixa para as câmeras, com os dizeres “E se Jesus renunciasse? O que seria do mundo? Marco Feliciano, não renuncie, estamos com você. Povo Cristão”.
Prazo
Feliciano deixou a reunião sem falar com a imprensa. O líder do partido André Moura afirmou que agora irá comunicar a decisão ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que havia determinado um “prazo” até ontem para uma solução do impasse na CDH. Alves, por sua vez, disse ontem que tem que “respeitar” e “acatar” a decisão do PSC.
Desde que assumiu a presidência da comissão, o pastor tem sido pressionado a deixar o cargo, acusado racismo e homofobia devido a suas polêmicas declarações.
Uma solução que está sendo discutida por alguns parlamentares, é o esvaziamento da comissão. A ideia é enfraquecê-la retirando seus integrantes.
Na segunda-feira, a Anistia Internacional reuniu artistas, como Caetano Veloso e Wagner Moura, e parlamentares e lideranças religiosas no Rio para engrossar o coro contra a permanência de Feliciano à frente da comissão.

Fonte: Gazetaonline

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