quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Meteoro visto no céu da Grande Vitória é um bólido diurno, afirma especialista


Meteoro visto no céu da Grande Vitória é um bólido diurno, afirma especialista
Segundo a especialista, é um fato mais raro que os noturnos pois tem que ser bem brilhante para chamar atenção durante o dia


A professora especialista em meteoritos do Museu Nacional/UFRJ, Maria Elizabeth Zucolotto, afirmou que o meteoro visto na manhã desta quarta-feira (20) no céu da Grande Vitória trata-se de um bólido diurno. (veja vídeo abaixo)

Segundo a especialista, é um fato mais raro que os noturnos pois tem que ser bem brilhante para chamar atenção durante o dia. Maria Elizabeth ressaltou que, analisando fotografias, dá para ver nitidamente que era um bólido.

Os bólidos são meteoros maiores, nove vezes mais brilhantes. Em geral sobrevivem à queima durante a passagem atmosférica (por serem maiores e mais resistentes que um pequeno meteoro).

A professora descartou a ligação entre a passagem do asteroide no dia 15 de fevereiro com o meteoro visto no céu do Espírito Santo e Rio de Janeiro. "Parece que não, mas coincidentemente ou as pessoas estão olhando mais para o céu ou comunicando mais aos meios de comunicação", finalizou.

Funcionário viu objeto caindo

O funcionário de uma faculdade na Serra, José Roberto Eustáquio dos Santos, 29 anos, afirma ter visto o momento em que o objeto caiu do céu em uma mata localizada às margens da Rodovia ES 010.

"Em torno das 10h20 e 10h30 passou aquele fogo mais ou menos do tamanho de uma bola de futebol em direção à matinha. Eu vi ela cair do céu na mata. Minutos depois que caiu na mata começou a sair fumaça do local", disse.

O vigilante diz não ter dúvidas que o objeto tenha caído na região. Ele conta que ficou assustado com a cena. "Nunca vi nada parecido. Comentei com as pessoas, mas muitas não acreditaram".

Bola de fogo pode não ser meteoro

De acordo com o professor do departamento de Física da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Sérgio Bisch, ainda não é possível saber se o objeto que foi visto no céu é um meteoro. Segundo ele, todos os dias pequenos fragmentos de meteoros cruzam a atmosfera.


"É muito cedo ainda para afimar que seja corpo celeste, porque se você ficar olhando para o céu, principalmente à noite, por um período longo de cerca de 40 minutos, você tem mais chance de ver pequenos fragmentos que ingressam na atmosfera", assegurou.

O professor explica que, apesar de ser comum avistar fragmentos de meteoros riscando o céu, a maioria deles dissolvem na atmosfera e não apresentam riscos à vida humana. "A maioria se dissolve. O fenômeno que aconteceu na Rússia é bastante raro".

Quando algum fragmento do corpo celeste atinge o solo ele é chamado de meteorito. Já os os fragmentos pequenos de rocha ou de gelo que estão vagando pelo espaço são chamados de meteoroide, segundo o professor.

Entenda

Meteoro - corpo celeste riscando a atmosfera da Terra

Meteorito - quando algum fragmento de meteoro conseguiu atingir o solo

Meteoroide - quando os fragmentos pequenos de rocha ou de gelo estão vagando pelo espaço

Fonte: Gazeta Online


Tecnologia – Meteoros são vistos no Rio e no Espírito Santo alimentam discussão sobre ‘apocalipse’



A provável passagem de um meteoro pelos céus de Campos, município do Norte Fluminense, na manhã de hoje (20) serviu como combustível para alimentar uma curiosa discussão. De um lado, aqueles que, desde a explosão de um meteoro sobre a Rússia na semana passada, enxergam na aproximação e colisão de corpos celestes sinais apocalípticos para a Terra. De outro, os que pretendem desmistificar a questão e afirmam que esses fenômenos astronômicos são corriqueiros.
A polêmica cresceu depois que o físico Marcelo de Oliveira, do Clube de Astronomia de Campos, afirmou a jornalistas que o meteoro, que também pôde ser visto em alguns municípios do Espírito Santo, é um fenômeno “muito raro” e que muito pouco se sabe sobre ele: “Pode ser um grande meteoro ou mais de um com pequenas dimensões. Vamos começar a investigar e ouvir relatos de pessoas para identificar o local exato. Isso é algo muito raro de acontecer. Sabemos que alguma coisa de incomum está acontecendo, mas ainda não sabemos o que é”, disse.
Em comentário postado no blog do jornalista Luís Nassif, o professor Helio Rocha-Pinto, do Observatório de Astronomia do Valongo (UFRJ) e membro da International Astronomical Union (IAU), criticou a postura de Oliveira: “Seu comentário sobre ‘sabemos que algo muito incomum está acontecendo’ é estarrecedor vindo da boca de alguém com formação científica e que divulga astronomia para leigos. Seria importante que ele dissesse o que de incomum ele pensa estar ocorrendo, porque frases soltas e descontextualizadas deste tipo só alimentam ainda mais os medos irracionais de uma sociedade educada por filmes de catástrofe espacial”, escreveu.
Ao contrário do que afirma o físico do Clube de Astronomia de Campos, sustenta Rocha-Pinto, “meteoros não são raros, muito menos a ocorrência de vários meteoros em pouco tempo”. Segundo o observador da UFRJ, “entre 37 e 78 toneladas de material meteorítico atinge a Terra a cada ano”.
A posição de Rocha-Pinto é corroborada por José Vilas Boas, pesquisador da Divisão de Astrofísica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em entrevista ao site G1: “Todos os dias, milhares de meteoros podem ser vistos caindo no planeta, mas a maioria não pode ser vista a olho nu devido ao pouco brilho que produzem. Ao longo do ano, a Terra passa por várias regiões no Sistema Solar, que podem concentrar grandes quantidades de partículas, conhecidas como ‘meteoroides’. Durantes essas passagens, podem ocorrer chuvas de meteoros, vistas em alguns lugares do planeta. No momento, a Terra está cruzando duas regiões que podem gerar mais meteoros do que o normal e mais brilhantes”, diz.
À espera do fim
Em sites da internet que discutem temas apocalípticos, como o fimdostempos.net e blog Revelação Final, entre outros, o tema foi objeto de comentários de leitores temerosos com os recentes episódios envolvendo meteoros: “A palavra de Deus nos diz que haveria sinais (do fim dos tempos) nos céus e na terra e, pra quem não acredita nisto, a própria Palavra de Deus (Bíblia) diz que esses sinais são para os que creem (não para os incrédulos)”, escreveu a leitora Elizabeth Lordello.
Já o site verdademundial.org cita afirmação do cientista e escritor americano Bill McGuire sobre o meteorito que explodiu sobre a Rússia para pedir que todos fiquem alertas à possibilidade de apocalipse: “Se o meteorito tivesse explodido na mesma latitude quatro horas mais tarde, teria feito desaparecer da face da Terra a cidade de São Petersburgo”, diz.
Com informações de Maurício Thuswohl, da Rede Brasil Atual

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