terça-feira, 1 de janeiro de 2013

A história real por trás do Exorcista


O caso real que inspirou "O Exorcista"


Em 1949, na cidade norte americana de Cottage, Maryland, ocorreu o exorcismo de um menino de 13 anos, chamado Ronald, que supostamente estaria possuído por demônios e foi a base para o romance de William Peter Blatty e posteriormente para o filme de William Friedkin.

Conheça o caso:

O ritual de exorcismo foi realizado alternadamente no Hospital Alexian Brothers em St. Louis e na casa de um dos parentes do menino, na Normandia, Missouri. O exorcismo foi comandado pelo Padre Halloran, um historiador com nível de pós-graduação pela Universidade de St. Louis e que foi convocado pelo Padre Bowdern, na noite de 16 de março de 1949 e realizou os ritos até a provação, que concluiram-se em 18 de abril de 1949.

Exatamente o que o Padre Halloran viu e experimentou durante o exorcismo de quatro semanas, ainda hoje está aberto à especulação.

Nas décadas seguintes, os artigos publicados sobre o exorcismo de St. Louis alegavam que um diário escrito por um dos sacerdotes descreviam a pessoa possuída como um adolescente que frequentemente usava frases em latim (idioma que desconhecia) e tinha ataques onde evocava maldições, urinava, e vomitava.
Os sacerdotes também testemunharam marcas estranhas que inexplicavelmente se desenvolveram no corpo do menino. As histórias contam que a família teve muitas situações estranhas em casa a partir 18 de janeiro: ruídos de coisas se arrastando emanava das paredes da casa, a cama em que o menino dormia tremia violentamente e objetos como frutas e imagens saltavam para o chão na presença do menino. Um ministro religioso, descrito como sendo intensamente cético, providenciou para que o menino passasse a noite de 17 de fevereiro em sua casa. Com o menino dormindo nas proximidades em uma cama de solteiro, o ministro informou que no escuro, ele ouviu sons vibrantes vindos da cama e sons de algo roçando a parede. Durante o resto da noite ele supostamente testemunhou alguns eventos, como uma estranha poltrona pesada em que o menino sentou-se e aparentemente inclinou-se por conta própria e tombou sobre o colchão em que o menino dormia. Objetos inexplicavelmente moviam-se em torno do quarto.
Uma cópia deste diário foi posteriormente obtida pelo escritor William Peter Blatty, que em 1971 escreveu o romance "O Exorcista" baseado nos eventos relatados. O filme "O Exorcista" foi lançado em dezembro de 1973 e até hoje é considerado como um dos melhores filmes de terror já feitos.


Em outubro de 1997, o escritor Mark Opsasnick voltou sua atenção para o episódio de "O Exorcista" da vida real e conduziu uma investigação completamente objetiva, imparcial e profissional para o evento lendário - algo que nunca tinha sido feito antes. O artigo resultante, "O Menino da Casa Assombrada: Os fatos duros e frios por trás da história que inspirou O Exorcista" apareceu na edição # 20 do periódico Strange Magazine em dezembro de 1998 e serviu para provar conclusivamente que o menino em questão nunca tinha sido possuído por demônios.

Para a investigação do escritor foram realizadas duas palestras com o padre Halloran - a primeira uma conversa informal para configurar uma futura entrevista, e a segunda a entrevista propriamente dita. Nestes encontros o padre Halloran contou como os diretores de um documentário popular em que ele tinha aparecido, o tinham manipulado depois de várias entrevistas em vídeo, eventualmente treinando-o sobre o que dizer a respeito do famoso exorcismo. Quando perguntado por que ele havia sucumbido às manipulações, ele simplesmente respondeu: "Porque eu preciso ter minha cabeça examinada." Era óbvio que os repórteres poderiam facilmente influenciar o padre Halloran para dizer exatamente o que eles queriam ouvir.

O padre Walter H. Halloran, desde que o filme foi lançado, era frequentemente contactado por jornalistas, repórteres de televisão, e documentaristas para falar sobre o notório exorcismo e ao longo do tempo as declarações atribuídas a ele mudaram muito. Em alguns casos a mídia o retratou como um zeloso e verdadeiro crente que professava que o menino realmente havia sido possuído pelo diabo, enquanto em outros momentos o apresentavam como um homem com mãos trêmulas, de lembranças esmaecidas, resultantes da experiência do exorcismo, que não dizia coisa com coisa.

O padre morreu aos 83 anos em 1 de março de 2005, vítima de câncer.



Desde 1973, quando foi lançado o primeiro filme da saga demoníaca, várias coisas estranhas e/ou inexplicáveis aconteceram com pessoas ligadas aos filmes. Seriam coincidências, acasos? Tire suas próprias conclusões conhecendo os fatos que relato a seguir:


O Exorcista (1973)

No filme de estréia da saga, o ator Jack MacGowran  é o primeiro a morrer na história, despencando de uma tenebrosa escadaria. Uma semana após terminar de gravar em Nova York, para onde tinha ido apenas para filmar as cenas de "O Exorcista",  MacGowran morreu mesmo. Dizem que  foi vítima de uma gripe que pegou em uma epidemia quando ainda estava em Londres.

Muitas "tragédias" ocorreram com pessoas que tinham algum parentesco com atores do filme. O ator Max von Sydow, o padre Merrin, mal começou a gravar quando soube que seu irmão havia morrido. Tenso...

A equipe técnica sofreu horrores durante a produção. O homem que refrigerava o quarto onde aconteceram as cenas de possessão morreu de maneira inexplicável. Um vigia noturno que cuidava dos cenários foi morto a tiros durante uma madrugada. Um carpinteiro cortou o polegar fora. Outro serrou o dedão do pé.

Acasos?
A atriz Ellen Burstyn, que fazia a mãe da garotinha endiabrada, sofreu uma grave lesão na cena em que é atirada para longe pela filha. A culpa é tanto do demônio quanto do diretor Willian Friedkin, que instrui o técnico responsável por puxá-la com a corda a "dar tudo de si".

A atriz e dubladora Mercedes McCambrige ingeriu ovos crus, fumou muito e fez o diabo(?) pra ficar com aquela voz rouca e macabra da garota possuída. Mas os produtores "esqueceram" de colocar o nome dela nos letreiros do filme. A atriz processou o estúdio. A voz do diabo tem direitos autorais, claro...

O argentino Lalo Schifrin compôs uma trilha sinistra para O Exorcista, mas o diretor Friedkin não aprovou. Preferiu usar o tema de piano já pronto ("Tubular Bells"). Schifrin vendeu a trilha que foi rejeitada para outro filme, A Casa do horror(1979). Resultado: recebeu indicações ao Oscar e ao Globo de Ouro.

O Exorcista II: O Herege (1977)

John Boorman foi a primeira escolha para dirigir O Exorcista, mas recusou a oferta.
Quatro anos depois, assumiu a direção de O Exorcista II - o Herege. Durante as filmagens, contraiu uma infecção respiratória e passou mais de um mês de cama. Tentou deixar a direção e abandonar o filme, mas foi ameaçado de processo judicial pelo estúdio e concluiu o filme a contragosto.

A menininha meiga do primeiro filme virou uma mocinha rechonchuda em O Exorcista II. Se alguém achava que a jovem atriz Linda Blair tinha talento, ela conseguiu acabar com essas suspeitas. O filme marca o início de sua decadência e seu rumo ao ostracismo.

O Exorcista II é realmente um filme de regular a ruim, mas vendo as imitações bizarras que surgiram em toda parte do mundo, ele chega a ficar passável. Coisas como Abby (a versão "black power" de O Exorcista), Seytan (a imitação cena a cena feita na Turquia) e Jadu Tona (produção hindu com muito canto e dança) foram produzidas para tentar pegar uma carona na popularidade do original.


O Exorcista III (1990)

O Exorcista III não é uma sequência dos anteriores, ou melhor, não era para ser. O filme se baseia no livro O Espírito do Mal, de William Peter Blatty, autor do livro do primeiro O Exorcista, que aqui também brinca de diretor. Foi idéia dos produtores trocar o título e inserir referências ao clássico de 1973. O enredo se inspirou em um serial killer verdadeiro, confundindo ainda mais as coisas. É uma das coisas mais sem pé nem cabeça que eu já vi.

O Exorcista: O Início (2004)

 John Frankenheimer (Operação França II, Ronin) era um diretor respeitado em Hollywood. Até esnobar o convite para dirigir Exorcista: o Início. Respondeu com um sonoro "não" aos executivos do estúdio e acabou fulminado por um derrame apenas um mês depois.

A carreia de Paul Schrader ia mal quando ele teve a boa chance de dirigir Exorcista: o Início. Mas sua abordagem mais psicológica não fez a cabeça dos produtores. Ele foi demitido e deu lugar a Renny Harlin, que, precavido, já disse acreditar na maldição da saga.

Michael Kamen (Máquina Mortífera, X-Men) foi o primeiro compositor cogitado para cuidar da trilha sonora do novo filme, mas morreu em um ataque cardíaco fulminante em 2003; Christopher Yung foi convidado então, pois era a segunda opção dos produtores.

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