quinta-feira, 1 de novembro de 2012

"Era boa mãe", diz britânica depressiva que matou 2 filhos


Felicia Boots matou os seus dois filhos no dia 9 de maio de 2012
Foto: Daily Mail/Reprodução

Uma britânica diagnosticada com depressão pós-parto admitiu em um tribunal que matou os seus dois filhos por medo de que eles fossem levados pelos serviços sociais, informa nesta quarta-feira o site do jornal Daily Mail. Felicia Boots, uma designer de joias de 35 anos, disse à corte, em um comunicado lido por sua advogada, que é uma "boa mãe e nunca quis que isso (o episódio) tivesse acontecido".

No dia 9 de maio deste ano, Felicia sufocou o seu filho Mason, nascido há 10 semanas, e sua filha Lily, 14 meses, na casa em que morava com seu marido na região de Londres conhecida como Nappy Valley. Ela está sendo mantida em um hospital psiquiátrico após um juiz considerar que seria "totalmente inapropriado" que ela fosse enviada para uma prisão.

Na audiência, em meio a lágrimas, ela se declarou culpada nas duas acusações de homicídio culposo. As suas duas alegações de inocente nas acusações de assassinato foram aceitas pela Promotoria. Segundo o Daily Mail, o marido da ré, Jeffery Boots, que estava na corte, está ao lado dela. De acordo com o promotor Ed Brown, o cônjuge escreveu uma "comovente declaração de apoio a sua mulher".
Jeffery retornou para casa na fatídica noite do dia 9 de maio e a encontrou às escuras. Sua mulher estava nas escadas. Ela tinha acabado de tentar se matar, mas tinha infligido apenas danos superficiais ao próprio pescoço.
Ele correu para o andar de cima da casa e encontrou as crianças deitadas no chão dentro de um armário no quarto principal da casa - uma residência de R$ 4,6 milhões no bairro londrino de Wandsworth. Seus filhos aparentemente tinham sido enforcados com suas gravatas.

Na declaração de Felicia lida por sua advogada, ela diz: "O 9 de maio de 2012 é um dia do qual eu sempre me arrependerei. Nunca deveria ter acontecido e me perturba mais profundamente do que qualquer um jamais vai saber. Uma parte de mim vai sempre estar faltando. Mas eu sou uma boa mãe e nunca quis que tivesse acontecido".

Um amigo da família revelou a trágica história de como o irmão de Felicia cometeu suicídio há quatro anos. George McRae, que mora perto dos pais da acusada na província de Ontário, no Canadá, disse que há um histórico de depressão na família. "Algo deveria ter sido feito para ajudá-la antes. Você nota coisas sobre as pessoas, você sabe que algo está errado", disse.

Segundo ele, Scott Sinclair teria se enforcado logo após se mudar para Toronto, capital de Ontário, e abandonar sua religião. Felicia teria dito que o ato de seu irmão era egoísta e que "agora minhas crianças nunca vão conhecer seu tio". Ao jornal London Evening Standard, McRae disse: "Felicia nos disse que ele tinha se matado. Ela disse que ele não gostava de ter a religião enfiada goela abaixo". Ele acrescentou que Scott sofria de depressão e estava sob medicação antes de sua morte.

Felicia também teria sofrido de depressão após o fim de seu primeiro casamento, o que a teria deixado devastada.


Terra

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