terça-feira, 16 de outubro de 2012

Estresse causa queda de cabelos. Saiba mais

Saiba como o estresse causa queda de cabelos



Para quem teme ficar careca, ele é o cara: o britânico David Salinger, 65, preside a Associação Internacional dos Tricologistas, entidade que pesquisa e aprova novos tratamentos para cabelos.


Ele esteve em São Paulo participando de congresso e falando sobre a relação entre estresse e perda de cabelos.

A tensão causa, sim, calvície, mas, ao contrário da calvície de origem genética, é reversível, diz o especialista.
Folha -- Qual é a ação do estresse nos cabelos?
David Salinger -- Um dos efeitos é o aumento de noradrenalina, neurotransmissor que interrompe o crescimento do cabelo. Além disso, alterações no sistema imunológico causam inflamações no couro cabeludo, o que afeta o nascimento de novos fios.

O que pode ser feito para evitar ou reduzir essa queda?
Eu uso suplementação de tirosina, um aminoácido que reduz inflamações e diminui a concentração de noradrenalina no couro cabeludo, fazendo os fios voltarem aos ciclos normais de nascimento, crescimento e queda.

O tratamento é demorado?
Se não houver outra causa além do estresse, depois de dois ou três meses a queda diminui e novos fios crescem.

Vale a pena usar como prevenção, para evitar a queda?
Não. Normalmente, o próprio corpo produz a tirosina de que precisa. No tratamento, uso suplementos de um grama duas vezes ao dia, por uns quatro meses. Depois, se o estresse estiver controlado, paro com a suplementação.

Há contraindicações?
Não pode ser usado por quem tem epilepsia ou está tomando antidepressivos.

Complexos vitamínicos para fortalecer cabelos funcionam?
Só se houver deficiência nutricional específica. Na mulher, a mais comum é de ferro. No homem, zinco e magnésio.

Quais são as novidades em tratamentos de calvície?
Uma terapia promissora usa o plasma rico em plaquetas, retirado do sangue do paciente, em injeções no couro cabeludo. Mas ainda não sabemos o que vai acontecer com esses pacientes daqui a cinco anos. Suplementos de melatonina [hormônio que regula o sono] também têm sido usados com sucesso.

Hoje vemos homens mais jovens já carecas e mais mulheres sofrendo perda de cabelos. O sr. atribui isso ao estresse?
Seria uma explicação fácil, mas há outras causas. Nos homens, a principal causa de calvície é ligada a hormônios e determinada por genes dominantes. Quando um traço genético é dominante, o número de pessoas com a característica aumenta com o tempo. Outro fator que faz com que a perda de cabelos comece mais cedo é o uso de hormônios: certos anticoncepcionais, anabolizantes...

O estresse também acelera o surgimento de fios brancos?
Sim, porque afeta o sistema imunológico, que produz mais leucócitos [células brancas do sangue] para o corpo lutar contra infecções. Os leucócitos também atacam as células-tronco dos pigmentos nos folículos.
Tem conserto?
A tirosina ajuda a produzir pigmentos. Vitaminas D e do complexo B também.
Qual a dica para não ficar careca antes da hora?
Meu conselho é não gastar muito dinheiro com isso. Algumas coisas podem até ajudar, mas, se o problema for de origem genética, nada é garantido. E ficar gastando fortunas em tratamentos capilares só aumenta o estresse.

Editoria de arte/folhapress
IARA BIDERMAN
DE SÃO PAULO



Estresse, química e genética podem provocar alterações nos cabelos
Bem Estar mostrou mudanças que os fios podem sofrer ao longo dos anos.
Com o tempo, cabelos ficam mais ressecados e ganham nova aparência.

O cabelo passa por mudanças naturais ao longo da vida, mas existem fatores externos que também podem alterar a estrutura dos fios, como explicaram as dermatologistas Márcia Purceli e Maria Angélica Muricy.

Estresse, química e a genética podem influenciar mudanças, como queda, enfraquecimento e ressecamento dos cabelos. As tinturas podem deixar os fios mais fracos, com pontas duplas e com facilidade para quebrar.

Além disso, o cabelo envelhece junto com o resto do organismo. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, os fios não enrolam com o tempo, apenas ficam mais ressecados e ganham uma nova aparência por causa do processo natural de envelhecimento.



Outro fator que pode alterar o cabelo é a quimioterapia. Isso acontece porque os medicamentos mexem com a estrutura da medula do cabelo e acabam prejudicando células sadias. Por isso, o cabelo nasce diferente após o tratamento. Ou seja, pessoas com cabelo liso podem ter cabelos enrolados e vice-versa, mas em um ano, maior parte dos pacientes já volta a ter o cabelo normal.

Para cuidar e lavar os fios, seja para homens ou mulheres, as médicas recomendam shampoo e condicionador, que se complementam e dão tratamento completo para deixar os fios saudáveis, com brilho e maciez. Normalmente, as pessoas perdem até 100 fios por dia e, ao contrário do que a maioria diz, o uso de bonés ou chapéus não causa a queda.

A pessoa precisa ter predisposição genética para ter queda de cabelo e o uso de chapéus ou bonés não influenciará nisso. O que pode acontecer é o aumento da oleosidade do couro cabeludo e isso diminui a oxigenação dos folículos, o que favorece a queda.

Cílios
Ao contrário dos cabelos, os cílios não mudam com o tempo. Mas algumas mulheres fazem de tudo para tê-los maiores e mais bonitos e, para isso, existem algumas técnicas disponíveis no mercado.

Como mostrou a repórter Daiana Garbin, existe uma técnica com um líquido permanente que amplia o aspecto dos cílios. Os fios são tingidos e dá a impressão que a pessoa está sempre com maquiagem. Essa técnica dura por volta de 2 meses, assim como o alongamento dos cílios. Mas após o alongamento, a mulher não pode lavar o olho por até 9 horas e não pode passar rímel.

Segundo a dermatologista Márcia Purceli, para evitar queda dos cílios, é importante lavá-los bem e retirar o rímel inteiro. Para passar o rímel e dar a impressão de alongamento e amplitude, a dica é usá-lo de cima para baixo.

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