segunda-feira, 2 de julho de 2012

Âncora da CNN diz que é homossexual em carta a colega: 'O fato é: sou gay'


“O fato é: sou gay”, admite o galã e apresentador da CNN, Anderson Cooper

O apresentador da CNN, Anderson Cooper, um dos ícones do canal noticioso, admitiu ser gay em um email a um amigo, Andrew Sullivan, segundo a coluna do The Daily Beast. “O fato é, sou gay, sempre fui, sempre serei e não poderia ser mais feliz, confortável comigo mesmo e orgulhoso”, escreveu. Aos 45 anos, ele acrescentou que sempre foi honesto sobre isso com sua família, amigos e colegas de trabalho. “No mundo perfeito, acho que isso não é assunto do interesse de ninguém, mas acho que existe um valor em vir a público, ter uma postura sobre isso e ser identificado. Não sou um ativista, mas um ser humano e eu não deixo de ser um por ser jornalista”, concluiu em um longo email detalhando toda sua vida ao amigo.

Envergonhado
Anderson nunca falou sobre sua vida privada, não foi casado, nem tem filhos. Com 22 anos de carreira, ele agora é o apresentador do 360º na CNN, depois de passar pelo World News Now e American Morning. “Andei pensando sobre o que estaria significando eu manter minha privacidade (…) Ficou claro pra mim que manter o silêncio em certos aspectos de minha vida pessoal por tanto tempo estava criando uma impressão errada de que eu estava querendo esconder algo – algo que me deixava incomodado, envergonhado e até amedrontado”, explicou o jornalista, que somou a isso o fato de saber existir um valor para as pessoas ao tornar clara sua orientação sexual.

A revista Out já havia colocado Anderson como o segundo colocado na lista dos Homens e Mulheres Gays Mais Poderosos da América. (Foto: Getty Images)

Atração pela guerra
Anderson se formou na Yale e começou sua carreira produzindo matérias independentemente para o Channel One, na turbulenta região da Birmânia. Se tornou um especialista em histórias de guerra, passando por lugares como a Somália, Bósnia e outros. Em 1985 foi para a ABC como co-âncora até voltar para as notícias quentes na CNN, em 2001. No ano seguinte já era o principal âncora da rede no horário nobre. Onde há histórias importantes, lá está Anderson, seja no Tsunami no Sri Lanka, morte do Papa João Paulo II, Furacão Katrina. Seu salário estima-se esteja na casa dos 4 milhões de dólares anuais. Mesmo na CNN, ele continuou a colaborar com o histórico 60 Minutes da CBS e escreveu para revistas como a Details, publicada nos Estados Unidos pela Condé Nast, mesma editora de GQ Brasil. Também escreveu um livro de memórias, Dispatches from the Edge, que ficou na lista dos Mais Lidos do New York Times em 2006.

Trechos do email…
“Na minha opinião, a habilidade de amar outra pessoa é um dos maiores presentes de Deus e eu agradeço a ele todo dia por dar e compartilhar amor com as pessoas na minha vida. Agradeço por me perguntar sobre isso e poder compartilhar com seus leitores. Continuo me considerando uma pessoa reservada e espero que isso não seja o fim do pequeno espaço privado de vida que tenho. Mas eu acho que visibilidade é importante, mais importante do que preservar meu escudo privado como repórter”. A iniciativa de Andrew Sullivan veio de um recente artigo publicado pela Entertainment Weekly sobre artistas que estão cada vez mais revelando sua orientação sexual e sem muito estardalhaço, como uma coisa natural.

( gq.globo.com )

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