PM de São Paulo apreende mini-helicóptero usado para enviar celulares para cadeia
Material entraria na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo
Aeromodelo importado tem sete hélices e estrutura de metal |
Com sete hélices e estrutura de metal, o aeromodelo importado (é usado para fazer imagens em lugares de difícil acesso, é o drone-cóptero) deveria levar uma sacola com sete celulares, três carregadores, adaptador, fone de ouvido e quatro serras de aço, que possivelmente seriam usadas para serrar as grades. Os peritos constataram que o aparelho tinha uma microcâmera acoplada e seria operado por controle remoto. O delegado assistente de Seccional Sthefano Rabecini disse que foi a primeira vez que apreenderam um aparelho como este.
Em Pirajuí, o delegado César Ricardo do Nascimento contou que um dos pombos foi capturado na semana passada, já morto, depois de bater contra o vidro de proteção da janela de uma das celas do pavilhão 3. "A ave estava com um telefone celular com bateria e um chip dentro de uma pequena mochila presa no dorso", contou o delegado. O outro caso ocorreu no início do mês. Os agentes perceberam quando a ave estava com dificuldades para voar e conseguiram capturá-la, mas neste caso o pombo trazia partes de celulares e nenhum chip. Nascimento disse que está à espera do pedido de quebra de sigilo feito à Justiça. "Assim que a Justiça nos fornecer o cadastro do telefone e o CPF do chip, poderemos chegar a possíveis suspeitos e também analisar o conteúdo das ligações", disse.
Para o delegado, os pombos não são treinados para infiltrar os celulares. "Eles têm ninhos nas dependências da penitenciária e de algum modo são levados para fora e depois soltos, com os celulares, para voltar aos ninhos", diz. Apesar dos dois inquéritos abertos, Nascimento diz que, embora seja crime previsto no artigo 349 do Código Penal, a pena para quem infiltra celulares nos presídios é de apenas três meses a um ano de prisão. "Mas geralmente o infrator não fica preso, acaba pagando com serviços prestados", diz. (AGÊNCIAESTADO)
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