sábado, 5 de maio de 2012

Degolados em Doverlândia. Autor de chacina passa por exames psicológicos


Autor de chacina passa por exames psicológicos

 Aparecido Sousa Alves, 22 anos, principal suspeito na morte de sete pessoas em uma fazenda de Doverlândia (GO), ocorrida no último sábado (28/4), passou por exames psicológicos, nesta sexta-feira (4/5), no Instituto Médico Legal de Goiânia (IML). A polícia quer entender a personalidade fria que ele apresenta, sem sinais de arrependimento ou qualquer remorso durante os depoimentos.

A Delegada-Geral da Polícia Civil, Adriana Accorsi, afirmou que chegou a conversar com conhecidos do rapaz em Doverlândia para saber qual era o comportamento dele antes dos assassinatos. O rapaz teve muito cuidado ao relatar os fatos no local dos assassinatos, durante a reconstituição dos fatos, na quinta-feira (3/5), na fazenda Nossa Senhora Aparecida. Por isso, para a delegada, Aparecido parece estar mentindo em algumas declarações.

Durante as investigações da polícia na primeira etapa da reconstituição, uma faca foi recolhida para análise pericial. A arma, que pode ter sido usada para degolar as vítimas, foi encontrada na casa de Antônio Francisco Alves, pai de Aparecido.

Reconstituição

Os fatos reproduzidos na quinta-feira não completam toda a história dos crimes. De acordo com a investigação, eles mostraram o momento em que Aparecido chegou na casa da fazenda, conversou com o fazendeiro Lázaro Oliveira Costa, 57, no intuito de o distrair, e depois o degolou, escondendo o corpo dentro do banheiro. Em seguida, o filho de Lázaro, Leopoldo Rocha Costa, 22, chegou na casa e foi assassinado da mesma maneira. O corpo do filho também foi arrastado para o banheiro onde o corpo do pai estava. Logo depois, Aparecido limpou toda a casa.

Adriana explicou que vai precisar voltar a Doverlândia mais vezes para concluir a reconstituição dos crimes, pela complexidade da história. O restante dos fatos será revivido na próxima semana. Aparecido ainda precisa explicar como teriam ocorrido as outras cinco mortes: o caseiro com dois familiares e um casal que chegava na fazenda.

Suspeitos envolvidos

Além de Aparecido, outras três pessoas, que não tiveram os nomes divulgados, cumprem prisão temporária na Delegacia de Homicídios. Um sobrinho de Lázaro e o sogro de Leopoldo estão entre os suspeitos. Além disso, dois soldados do exército de Jataí (GO), também suspeitos de envolvimento no caso, estão detidos em Goiânia para serem interrogados. Um dos militares é irmão de Aparecido.

Mesmo assim, Adriana Accorsi pensa que é possível que Aparecido tenha cometido todos os assassinatos sem a ajuda de outras pessoas, como ele sustentou nos primeiros momentos de prisão. Antônio Francisco, pai de Aparecido, foi ouvido em depoimento na delegacia de Doverlândia nesta quinta-feira. Aparecido passou a afirmar que o pai teria o ajudado nos assassinatos. A polícia, porém, não acredita nesta versão. O senhor desmentiu a história do filho e foi liberado logo em seguida.

Motivação
Adriana Accorsi afirma que tudo leva a crer que a motivação dos assassinatos seja mesmo financeira. Porém, os policiais não encontraram nenhum dinheiro que supostamente estaria enterrado na propriedade rural, nem qualquer vestígio de movimentação bancária dos familiares de Lázaro, suspeitos de envolvimento nos crimes.

Entenda o caso
A chacina ocorreu por volta das 21h do último sábado (28/4), quando dois homens invadiram a casa principal da fazenda Nossa Senhora Aparecida e mataram o proprietário, Lázaro de Oliveira Costa, de 57 anos, e o filho dele, Leopoldo Rocha Costa, de 22. Em seguida, os assassinos teriam ido até à residência do caseiro e degolaram outras três pessoas. Na saída, outras duas vítimas, que chegavam à fazenda foram assassinadas.

A polícia identificou os demais corpos como sendo de Joaquim Manoel Carneiro, de 61 anos, Miraci Alves de Oliveira, de 65, Heli Francisco da Silva, de 44, Tames Marques Mendes da Silva, de 24, e de Adriano Alves Carneiro, de 22.

da Redação
Marina Morena

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