sábado, 31 de dezembro de 2011

Especialista ensina a mudar hábitos para melhorar a memória

Fim de ano e a lista de compromissos só aumenta. Na correria para finalizar projetos, fazer compras e participar de eventos, o cérebro acaba esquecendo alguma coisa. Para aliviar o estresse mental é preciso selecionar informações e investir em uma vida saudável, ensina a neuropsicóloga Gislaine Gil, que acaba de lançar o livro "Memória - tudo o que você gostaria de saber mas se esqueceu de perguntar" (Campus/Grupo Fleury).

No livro, ela ensina a melhorar a capacidade de memória e explica que o esquecimento quase sempre é decorrente de falta de atenção, não de memória.

- Muitas vezes a memória está funcionando perfeitamente e o problema é a falta de atenção, que pode ser causada pelo excesso de informações e de tarefas diárias - diz a neuropsicóloga, que destaca o papel das emoções na capacidade de memória: nutrir informações positivas, por exemplo, ajuda a memorizar.

Estresse e maus hábitos
Selecionar o que realmente importa evita o estresse mental, que prejudica o funcionamento do cérebro. E os maus hábitos também atrapalham a nossa memória: beber álcool em excesso pode levar à deficiência de vitamina B1, essencial para o cérebro; o uso de tranquilizantes interfere na capacidade de formar novas memórias; o consumo de drogas como ecstasy é tóxico para os neurônios; e fumar afeta a circulação de sangue e nutrientes no cérebro.

- Levar uma vida saudável ajuda a prevenir as falhas de memória - reforça Gislaine.

A perda de memória, especialmente na terceira idade, pode estar associada a doenças neurológicas, distúrbios psicológicos e problemas metabólicos. Neste caso é importante procurar um especialista para se submeter a uma avaliação médica e neuropsicológica, para mapear e investigar todos os tipos de memória, e investigar qual está em pane.

- Isso vale ainda para saber se a perda de memória está dentro de padrões esperados para a idade ou se há alguma doença, como demência, por trás da queixa. Os acidentes vasculares cerebrais, por exemplo, causam alteração de memória e muitas vezes um quadro degenerativo chamado síndrome demencial vascular - diz a neuropsicóloga.

Alimentação
Quanto ao uso de ervas e suplementos de vitaminas para melhorar o funcionamento da memória, não há nada comprovado, mas alguns alimentos ajudam. A neuropsicóloga recomenda o consumo daqueles que contêm tiamina, ácido fólico e vitamina B12, encontrados em pães, cereais, frutas e outros vegetais. Os frutos oleaginosos, como castanhas e nozes, são ricos em vitaminas E e selênio, antioxidantes importantes para estimular a memória. Beber bastante água também ajuda.

- A falta de água no organismo desidrata e causa confusão mental. E dormir bem é imprescindível porque a aprendizagem é melhor quando seguida de um bom período de sono - diz Gislaine. - Também a prática de atividade física amplia a capacidade de aprender e memorizar, segundo estudo publicado há cinco anos na revista Neuroscience.

O Globo 

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