domingo, 8 de maio de 2011

Xuxa traz a mãe, que sofre de Parkinson, para morar com ela

Xuxa não irá para Orlando no Dia das Mães este ano. Dona Alda Meneghel, que morava nos Estados Unidos, reside na casa da apresentadora há quatro meses. Muito preocupada com a saúde da mãe, que é vítima do Mal de Parkinson e piorou recentemente, Xuxa a trouxe de volta ao Brasil para ficar pertinho dela.

Dona Alda morava em Orlando há mais de 15 anos e passava temporadas de no máximo três meses no Brasil.

Amanhã, ela deve receber o carinho dos filhos na casa de Xuxa, como conta Bladimir, irmão da apresentadora: "Provavelmente vamos almoçar na casa dela". Blad também explica que nunca sabe em que estado encontrará a mãe: "Sabe como é o Parkinson, tem altos e baixos. Tem dias em que ela está melhor, outros não".


Parkinson: saiba mais sobre a doença

A doença de Parkinson é uma enfermidade neurológica, que afeta os movimentos da pessoa. Ela foi descrita pela primeira vez em 1817, pelo médico inglês James Parkinson. Estima-se que cerca de 50% dos portadores da doença só a descobrem em estágios avançados. Mesma porcentagem é a de portadores que desconhecem ter o mal.

"O início é realmente imperceptível, tanto que nem o paciente nem os familiares conseguem dizer exatamente quando ela começou", atesta o médico neurologista João Carlos Papaterra Limongi, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

"Por ser uma doença em que o único dignóstico possível é o clínico, ou seja, ela só é descoberta pelos sintomas apresentados no paciente, o Parkinson costuma pegar as pessoas desprevinidas, deixando-as atordoadas."

A sensação de impotência, que vem de brinde com os sintomas clássicos da doença - tremores, lentificação dos movimentos, rigidez muscular e alterações na fala e na escrita - torna-se um agravante.

Apesar de não ser uma doença fatal, amendronta o novo portador de Parkinson, que vê a doença através do véu do preconceito - ainda hoje a doença é associada erroneamente à velhice. Apesar de quanto maior faixa etária, maior incidência do mal de Parkison, estatísticas apontam que a doença não é exclusividade dos idosos.

"Se considerarmos a população de uma cidade grande, desde a infância até os idosos, veremos que existem de 150 a 200 doentes com Parkinson em cada 100 mil habitantes, ou seja, um em cada mil habitantes tem a doença", conta o neurologista Egberto Reis Barbosa.

"No entanto, se estratificarmos as faixas etárias, a conclusão será que 80% dos casos ocorrem entre os 65 e 75 anos e que 10% deles aparecem antes dos 45 anos", conclui. Daí percebe-se que a relação entre velhice e parkinson não é de causa e conseqüência.

Apesar da gravidade da doença, a convivência pacífica com ela requer esforço do paciente: "Hoje é possível viver normalmente por mais de 20 anos com doença, mas exige comprometimento do paciente. É uma luta diária", atesta Papaterra. [terra]

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