domingo, 8 de maio de 2011

Conheça os Navy Seals, o grupamento de elite da Marinha americana responsável pela ação que matou Osama Bin Laden

Tropa que participou do ataque a Bin Laden é uma das melhores dos EUA
EUA Navy SEALs treinam nesta foto de arquivo não datada. Os Seals são uma grupamento de soldados de elite usados em missões especiais. Salmeron Miguel / Getty Images

Os super-soldados disparam cerca de três mil tiros por semana. A correspondente Elaine Bast explica quem são eles e como são treinados.

Eles são considerados os super-soldados americanos. O pelotão é conhecido informalmente como “Team 6” – o “Time dos seis”, uma unidade de ponta ligada à Marinha, especializada no combate ao terrorismo. No time, estão os melhores soldados, selecionados de um esquadrão de elite chamado “Navy Seals”.

Pouco se sabe sobre esses homens que fazem parte deste grupo de elite. A identidade deles, as táticas que usam – tudo é guardado em absoluto segredo. Eles são escolhidos a dedo, os melhores entre os melhores soldados do país, que são treinados para capturar alvos no mar, na terra e no ar.

Os supersoldados contam com os melhores equipamentos e com um treinamento intensivo. Chegam a disparar uma média de três mil tiros por semana, mais do que os todos os fuzileiros navais disparam por ano. Os “Seals” fazem parte da junta do comando de operações especiais americana que tem um orçamento nada modesto: custa ao país US$ 1 bilhão por ano.

Em 2009, eles participaram do resgate do capitão americano Richard Philips, que foi capturado por piratas somalis. Tiros precisos mataram três piratas na operação. Mas em 2010, os “Seals” falharam ao tentar resgatar uma refém britânica, Linda Norgrove, capturada por terroristas no Afeganistão. Ela acabou sendo atingida acidentalmente por uma granada do próprio batalhão de elite e morreu. Por isso, o sucesso da operação para capturar Bin Laden foi importante para resgatar a reputação destes super-soldados.

Oficialmente, o governo americano não confirma nem nega o envolvimento deles na morte do terrorista mais procurado do planeta. Mas o comandante da operação, em um e-mail que vazou para imprensa, parabenizou a tropa pelo sucesso do ataque. Pediu discrição e acrescentou que a luta ainda não acabou. [jornalfloripa.com.br]

Seal é uma ramificação da marinha especializada em missões de precisão. Os agentes entram e saem rapidamente do teatro de operações para realizar tarefas como recolhimento de inteligência, destruição de alvos específicos e resgates. O Team 6 é uma espécie de 'melhores dos melhores' das forças Seal. Seus membros são chamados de black operatives. A definição indica que eles existem fora do protocolo militar e cuidam de missões do mais alto nível secreto. Atuam, muitas vezes, fora dos limites das leis internacionais, em missões não documentadas, de forma a facilitar que as autoridades neguem sua existência. O fato de o governo americano ter revelado sua atuação nesse caso para a imprensa do mundo inteiro mostra como a publicidade sobre a morte de bin Laden é importante para os Estados Unidos.

A criação do Team 6 foi uma resposta direta ao fiasco na Crise dos Reféns no Irã. Em 1979, logo após a deposição do xá Rezah Pahlevi, radicais islâmicos invadiram a embaixada americana em Teerã e fizeram 52 reféns. A Delta Force, grupo de elite do exército americano, tentou resgatar os diplomatas em 1980, mas fracassou. O episódio mostrou que era necessária a formação de uma equipe contra terroristas capaz de operar com o máximo de discrição. A equipe recebeu o nome de Team 6 para confundir a inteligência soviética sobre o número de equipes Seal ativos na época — na ocasião, apenas 3 existiam. [Veja]




Os verdadeiros responsáveis pela operação que culminou com a morte do líder do grupo terrorista Al-Quaeda, Osama Bin Laden, na noite do último domingo, teria sido uma unidade de elite criada em 1980 pelas forças especiais da Marinha americana (Navy Seals).

Segundo especialistas em serviços secretos americanos, o chamado incialmente de "Team 6", seria uma espécie de "elite da elite" dentro e suas atividades seriam tão secretas que a maior parte dos militares não conhece abertamente suas operações.

Apesar de a Casa Branca e a Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) se negarem a confirmar publicamente a participação do "Team 6" na operação que tirou a vida do líder da Al-Qaeda, jornais, revistas e sites especializados já reportaram diversas notícias sobre essa possibilidade.

O "Team 6", dizem os especialistas em serviços secretos americanos, foi criado após a fracassada tentativa de resgatar os reféns americanos no Irã, em 1980; o grupo teria sido responsável, ainda, pelo resgate do governador de Granada na invasão americana de 1983; e também pelo apoio à perseguição dos criminosos de guerra nos Bálcãs, além da libertação do capitão americano do Maersk Alabama na Somália, em 2009, segundo informações do site especializado no assunto, Globalsecurity.org.

O comando especial também teria intervindo na libertação de Linda Norgrove, uma informante escocesa de 36 anos que havia sido sequestrada no Afeganistão e morta numa operação de resgate, diz a imprensa americana.

O dígito "6" foi escolhido para fazer com que os soviéticos acreditassem que os Seals dispunham de mais equipes do que na verdade possuíam, explicou Richard Marcinko, primeiro líder do "Team 6" em uma obra sobre sua experiência intitulada "O Guerreiro Rebelde". Segundo Marcinko, o "Team 6" contava com 90 membros nos anos 80, mas o grupo chegou a ter de 200 a 300 membros desde os atentados de 11 de setembro de 2001.

Seus membros, diz Marcinko, são recrutados dentro dos 2.300 oficiais da marinha da Seals, cujo treinamento está entre os mais exigentes do mundo. A formação para obter o direito de levar a insígnia dos Seals inclui operações submarinas e saltos de paraquedas de grande altura.
A maioria dos que tentam ingressar nesse seleto grupo falham em algum momento durante o processo de seleção, principalmente devido a enorme pressão psicológica pelas quais são expostos, disse à AFP o capitão Kenneth Klothe, diretor do curso sobre guerra na Universidade de Defesa Nacional dos Estados Unidos.

Apesar de ainda ser conhecido por "Team 6", esse nome deixou de existir desde 1987, quando foi rebatizado Grupo de Desenvolvimento de Operações Especiais da Marinha (NSWDG, na sigla em inglês) e, segundo o jornalista especializado, Marc Ambider, o nome teria mudado novamente no final de 2010.

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