sexta-feira, 15 de abril de 2011

"Que sirva de lição", diz atirador em vídeo antes do massacre

Em um dos novos vídeos divulgados nesta sexta-feira pela Polícia Civil do Rio, o atirador Wellington Menezes de Oliveira, 23, diz que quer que o "ocorrido sirva de lição". Ele matou 12 alunos da escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo (zona oeste do Rio), na semana passada.

Em uma nova série de vídeos divulgados nesta sexta-feira (15) pela Polícia Civil, Wellington Menezes de Oliveira - que matou 12 estudantes e feriu outros 12 no último dia 7 em uma escola em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro - aparece em uma das gravações colocando a culpa pelo massacre em “autoridades escolares”. Ele também fala de humilhações que teria passado e diz que esse “esse cenário vem se repetindo sem que nada seja feito”.

- Que o ocorrido sirva de lição principalmente para as autoridades escolares, para que descruzem os braços diante de situações em que alunos são agredidos e humilhados, ridicularizados, desrespeitados. Escola, colégio e faculdade são lugares de ensino, aprendizado e respeito.

O atirador diz em uma das sequências de imagens que era alvo de "covardias" e deboches. Sem dizer explicitamente quem praticava as supostas humilhações, Wellington fala que os agressores se divertiam "sem se importar com meus sentimentos".

- Se eu ainda me lembro de todas as humilhações que eu passei na mão desses covardes, eu era agredido, ridicularizado. As vezes que mais doíam é quando eles praticavam estas covardias contra mim e todos em volta riam, debochavam, divertiam sem se importar com meus sentimentos.

Wellington fala em "irmãos" em um dos vídeos. Diz que há "irmãs e irmãos preparados para morrer".

- Mas o que mais me irrita hoje é saber que esse cenário em se repetindo sem que nada seja feito contra essas pessoas covardes, analisando esse cenário que eu percebi que algo precisa ser feito contra esses covardes. Todos precisam saber que tem irmãos preparados a matar e a morrer. Há irmãos dispostos a dar a vida os inspirando a se defender até a última consequência.

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