quarta-feira, 27 de abril de 2011

Máquina do tempo: acelerador de partículas poderia ser usado par enviar mensagens para o passado e futuro.

Pode parecer roteiro de filme de ficção científica, mas físicos acreditam que a viagem no tempo pode ser feita usando instalações já existentes. Segundo eles, o maior acelerador de partículas do mundo tem chances de ser usado como uma máquina do tempo para enviar um tipo especial de matéria ao passado.


Os cientistas estudam uma forma de usar o Large Hadron Collider (LHC), o acelerador de partículas de 27 quilômetros de comprimento, enterrado no solo perto de Genebra, para enviar uma partícula hipotética de volta no tempo.

A questão, porém, ainda depende de algumas condições. Entre elas, a grande questão da existência ou não da tal partícula e a possibilidade de ela ser criada na máquina.

“Nossa teoria é a longo prazo, mas não é nada que não viole as leis da física ou restrições experimentais,” afirma o físico Tom Weiler, da Universidade Vanderbilt.

Se a teoria se mostrar correta, os pesquisadores asseguram que o método poderia ser usado para enviar mensagens tanto para o passado quanto para o futuro.

A hipotética partícula
Existem duas partículas relacionadas com a teoria da viagem no tempo: a Higgs singlet e a Higgs bóson.
A busca pela bóson foi uma das principais motivações para a construção do LHC em primeiro lugar. Desde que o acelerador começou a funcionar regularmente ano passado, ele procura por Higgs bosons. A máquina continua trabalhando arduamente.

Se o acelerador for bem sucedido em produzir a Higgs boson, acredita-se que a outra partícula também seja criada ao mesmo tempo.

Esta partícula pode ter uma capacidade única de escapar das três dimensões de espaço e uma dimensão de tempo em que vivemos e alcançar uma dimensão oculta que alguns modelos de física avançada acreditam existirem. Ao viajar através da dimensão oculta, as Higgs singlets poderiam entrar novamente nas dimensões em um ponto a frente ou para trás no tempo a partir de quando eles saíram.

“Uma das coisas atraentes desta abordagem sobre a viagem no tempo é que ela evita todos os grandes paradoxos”, explica Weiler. ”Porque a viagem no tempo é limitado a essas partículas especiais. Não é possível para um homem a viajar no tempo e assassinar um de seus pais antes que ele nasça, por exemplo”, exemplifica. Contudo, se os cientistas puderem controlar a produção das Higgs singlets, eles serão capazes de enviar mensagens para o passado ou futuro”. [hypescience.com]

Memorando anuncia suposta descoberta do bóson de Higgs


A busca pelo bóson de Higgs, apelidado de "partícula de Deus", pode estar chegando ao fim. Um memorando interno escrito por uma equipe envolvida com o Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês) postado anonimamente na internet provocou furor no meio científico nos últimos dias. O documento relata sinais de que o bóson de Higgs, responsável por dotar de massa tudo o que existe no Universo, poderia ter sido finalmente encontrado.

A identificação do bóson é um dos principais objetivos do LHC, um acelerador de partículas montado dentro do Conselho Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern), na fronteira entre a Suíça e a França. Construído ao preço de quase US$ 10 bilhões, o equipamento conta com um túnel de 27 quilômetros de extensão, no qual feixes de prótons atingem velocidades de até 99,99% a da luz. Ao colidirem, estes feixes altamente energizados produzem partículas que, depois, são analisadas pelos cientistas.

O bóson de Higgs seria uma parte fundamental na descrição de como as partículas e os átomos são constituídos. Os rumores de sua identificação mereceram reação rápida de físicos do Cern. Os cientistas lembraram que muitos sinais que apareceram no LHC não têm importância comprovada em análises mais aprofundadas.

Alguns pesquisadores julgaram inicialmente que o memorando fosse falso, mas sua autenticidade foi confirmada por funcionários do Cern. Porta-voz oficial do centro europeu, James Gillies afirmou que, embora o documento seja legítimo, é apenas um dos milhares produzidos constantemente pelos cientistas envolvidos nos projetos do LHC, e que se referia a um estudo em estágio primário.

- Esta é uma comunicação interna que destaca algo importante, mas que ainda passará por muitas análises - advertiu.


oglobo.globo.com

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