quarta-feira, 13 de abril de 2011

Aparência: O que as mulheres desejariam mudar em seus corpos?

Pesquisa comprova a eterna insatisfação feminina com o corpo
92% das mulheres não estão totalmente felizes com aparência

A eterna insatisfação das mulheres com a própria aparência está comprovada. E a influência da beleza na vida feminina é ainda maior do que se imaginava. Uma recente pesquisa feita por uma clínica de estética mostra que nada menos do que 92% das mulheres estão insatisfeitas com a aparência.

Outro fator preocupante é a interferência que essa insatisfação tem na vida delas. Ao todo, 98% afirmaram que sua relação com o parceiro é afetada. Além disso, o trabalho (97%), amizades (88%) e até a relação com os filhos (86%) vão mal quando uma mulher não se sente bem com a imagem que vê no espelho.

Outro dado curioso é que, apesar de insatisfeitas, a maioria das mulheres (87%) se acha bonita. Para elas, além dos aspectos físicos, características pessoais como autoestima (32%), se sentir bem consigo mesmas (30%) e saúde (14%) fazem parte do conceito total de beleza. A maior preocupação é estar bem disposta (48%).

Alerta
Para o psicólogo Gabriel Waichert Monteiro, mestrando em Sexualidade Feminina, há um excesso de importância dado à aparência. Ele explica que dá para fugir dessa rotina da eterna insatisfação. "A preocupação feminina com a aparência não é uma coisa genética, e sim, uma situação moldada desde a infância, principalmente pelos pais. Aquele discurso de que menina não pode ficar desarrumada e menino sim, vai continuar tendo efeitos anos depois", frisa.

Para ele, apostar no autoconhecimento é a principal forma para sair dessa armadilha. "A busca pela perfeição é infinita e aprisiona as pessoas. Em vez de focar nos defeitos, é muito mais saudável tirar partido das qualidades, para poder viver bem consigo mesma", explica. Monteiro destaca ainda que esse exagero também está crescendo entre os homens. "Buscar melhorar é válido, mas sem perseguir padrões inalcançáveis", orienta.

O que o estudo revela

Insatisfeitas

92% das mulheres acreditam que outras pessoas reparam em seus defeitos físicos

8% das mulheres estão totalmente satisfeitas com seu corpo, sendo que 21% estão totalmente insatisfeitas, enquanto 71% estão satisfeitas em parte

Mesmo insatisfeitas, 26% nunca fizeram nada para mudar

Os problemas

As partes do corpo que mais incomodam as mulheres são: a barriga (69%), os seios (46%) e os glúteos (26%)

53% das mulheres acham que estão acima do peso

29% gostariam de mudar os cabelos

15% afirmam que parecem ser mais velhas do que são

13% se incomodam com a estatura

21% dizem possuir seios pequenos, enquanto 12% os acham grandes demais

27% dizem ter celulite demais e 24% apontam as estrias como o principal problema

Tratamentos

Exercícios físicos (62%), consumo de produtos de beleza (45%) e busca de tratamentos estéticos (23%) são os principais cuidados das mulheres insatisfeitas

56% das mulheres afirmaram já terem realizado tratamentos faciais, e 38%, tratamentos corporais

Medos

Elas temem engordar (36%); os sinais do tempo (17%) e a flacidez (13%)

Consumo

As mulheres gastam, em média, cerca de R$ 100 por mês em beleza e estética

Ela gostaria de ter um abdômen "mais chapado"

A estudante Pamella Guerreira Paganoto, 19 anos, é daquela que sempre acha que está "dois quilos acima do peso". Mesmo malhando cinco vezes por semana e exibindo um corpo invejável, ela jura que tem do que reclamar. Para ela, a barriga, por exemplo, poderia ser "mais chapada". "Eu era gordinha quando pequena e tenho braços e pernas longos, por isso, sempre acho que tenho que estar um pouco mais magra para ficar com a aparência melhor", justifica.


Elaine Vieira - A Gazeta

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