sábado, 26 de março de 2011

A meditação pode mudar sua vida

"A prática da meditação diária, mesmo que apenas de 10 a 20 minutos, na verdade, cria uma alteração nas partes do cérebro que promovem a alegria, pensamentos positivos e emoções", disse Cohen, ressaltando os benefícios de uma maior sensibilização, clareza mental, tratamento da dor crônica, diminuição da pressão arterial, e lidar com a ansiedade ea depressão. "


A MEDITAÇÃO




O que é meditação?
A meditação é uma abordagem de auto-conhecimento que usa a experiência subjetiva direta como meio de revelação e integração de faculdades físicas, intuitivas e criativas. Inclui técnicas efetivas para a amplificação e aprimoramento das habilidades existentes, assim como métodos para análise, auto-descoberta psicológica e transformação positiva. Assim, a meditação é uma espécie de abordagem "high tech" para o desdobramento sistemático do potencial humano.


A meditação é uma prática diária que produz efeitos cumulativos a longo prazo. Com os anos resultam em profundidade, maturação, amadurecimento e desdobramentos seqüenciais da consciência e autodomínio da vida física, emocional e mental. O meditador avançado normalmente desenvolve e pode demonstrar o controle consciente sobre funções celulares básicas de seu próprio corpo físico.

A meditação não é uma religião ou um conjunto de crenças, embora práticas místicas, espirituais, contemplativas e meditativas tem sido trazidas aos tempos modernos através das tradições culturais da religião. Mas a meditação é um instrumento de percepção que permite trabalhar dinamicamente com a experiência direta do potencial humano desconhecido, o que antigamente era atribuído apenas aos deuses; a meditação também esclarece o caminho para evoluir rumo a uma natureza humana mais sábia e mais expandida, não apenas entre os praticantes individuais, mas em toda a sociedade humana.

A partir dos riquíssimos caminhos e práticas da meditação que se desenvolvem entre religiões históricas, yoga e tradições Shamanicas, é possível descobrir, expandir e adaptar técnicas para os povos modernos, a fim de que possam desenvolver práticas diárias frutíferas. Embora se recomende que um meditador encontre um Mestre habilidoso que possa orientá-lo através de práticas tradicionais efetivas, também é possível, para muitos, seguir uma orientação intuitiva, mais interior e extraída de leituras e encontros com diferentes Mestres e Escolas.

Não há motivo para se intimidar diante dos diversos caminhos, escolas e práticas de meditação. As incontáveis variações das técnicas de meditação são simplesmente "hábeis meios" de integrar, de forma cada vez melhor, mais intensa e sensível, refinadas maturações da consciência expandida (autoconsciência) na consciência, na vida diária e na personalidade. A escolha da técnica, escola ou mestre (se necessário) não é de grande preocupação para se iniciar uma prática diária. Tudo isto pode ou não ser útil mais tarde, na medida em que a meditação começa a se estabelecer na vida de alguém.

O mais importante na meditação é a sua prática diária!

Quais são os resultados da meditação?
O primeiro resultado da meditação persistente e diária é penetrar, e por fim romper, o campo falso, limitado, "normal" da consciência mental e alcançar o que se pode chamar de vasto e luminoso néctar da consciência despertada. Usa-se a palavra "néctar" pois sua experiência é doce e harmoniosa; "luminosa" pois há uma espécie de matriz de luz preenchendo o espaço, uma vez percebido como sendo um vazio escuro; assim era o campo visual interior quando os olhos estavam fechados (eis porque se usa o termo iluminação).

Este estado de consciência despertado dura apenas alguns segundos, à princípio; é freqüentemente percebido como um lapso na inconsciência momentânea, mas com perseverança na prática diária se torna uma experiência familiar que pode ser gerada e mantida como uma espécie de "campo" de sintonia que coloca os profundos níveis do "ser" em grande harmonia e concentração para o trabalho do dia a dia.

Quando o praticante é capaz de evocar esta enorme consciência expandida que é também doce, harmoniosa e luminosa, sem cair no sono ou permitir que a mente vagueie, percebe um novo "Eu" mais desperto e elevado com muito mais controle sobre o processo mental e emocional normal do que o "Eu" original, que é chamado de "Pre-meditação". O resultado é que se pode manter a calma, ser capaz de reagir de forma mais efetiva e realística diante de situações de crise, o que dificilmente ocorre antes da prática da meditação. Melhora a capacidade de concentração, esforço e a visualização de problemas e soluções; se é capaz de pensar por si mesmo e alcançar discernimentos espontâneos quando necessário; se é capaz de abordar problemas emocionais com menos preocupação e estática mental. Na medida em que se desenvolve este novo "Eu", as faculdades mentais começam a se esclarecer e funcionar no momento da consciência expandida. O efeito poderia ser descrito como uma demonstrável aquisição na inteligência e autocontrole mental.

Tudo aquilo que o praticante alcança se torna uma aquisição permanente, pois este tipo de crescimento "interior", que ativa e traz o que estava, até então inconsciente, subconsciente ou supra-consciente para o campo da consciência expandida, é cumulativo na natureza. Isto quer dizer que, embora o meditador possa se "desenvolver" completamente e então abandonar uma prática específica, os efeitos que ela tenha produzido permanecem como um alicerce de uma construção, para práticas mais avançadas. Assim, uma vez que o meditador esteja firmemente estabelecido no tipo de harmonia que acentua seu trabalho "no mundo" pode aprofundar suas práticas para uma "auto-evolução" mais compreensiva ao adotar práticas espirituais mais avançadas.

Depois que a meditação começar a produzir estes efeitos, não importa se o praticante está inclinado a adotar práticas mais avançadas, ele se tornará consciente de um estado do "Eu" ainda superior, que parece oferecer um tipo de orientação telepática, que nunca obriga, nunca fala por palavras, mas que ainda assim existe como se fosse uma voz ou inspiração interior. Ela surge, oitava sobre oitava de sucessivos "Eus" cada vez mais elevado e expandido, ou estados que ascendem de um campo perto e acessível da consciência a um que parece mais do que remoto e que é infinitamente universal e contém todos os estados do "Eu".

Parece impossível, a princípio, integrar até mesmo o mais perto e acessível destes "Eus". O "Eu" do meditador deveria adotar uma atitude de reverência ou oração com relação a este outro "Eu". Na meditação, a princípio, ele pode abordar este Mestre, Guia ou Fonte como uma criança vê a seus pais.

Mas através do mito e alegoria da vida diária, e nas provas ígneas do dia-a-dia, esta fonte de orientação interior revela realidades sutis e espirituais ao coração do meditador, e um novo nível de efeitos provenientes da meditação começa a se desdobrar: há uma consciência ou identificação de outros seres (não necessariamente humanos) como "Eu", o que é denominado "compaixão", na Mística Cristã, mas que é o início de um elevado desenvolvimento psíquico em todas as tradições espirituais; há um despertar do sono para o sono lúcido com vários desenvolvimentos que eventualmente levam à continuidade da consciência desperta e adormecida que "trabalha" tanto à noite enquanto o corpo descansa, assim como durante o dia; surge um refinamento e extensão dos cinco sentidos, que tem inicio com experiências mais intensas do paladar, tato, olfato, visão e audição, evoluindo para manifestações espontâneas de faculdades físicas (não necessariamente sob controle pessoal); isto tende a fazer com que o meditador examine e leve em conta as partes mais sutis da percepção; ocorre uma radical intensificação da experiência emocional, que faz com que o meditador experimente iniciações profundas e indescritíveis de intensa alegria e agonias que purificam, e muito mais.

Finalmente, na medida em que o meditador é capaz de intensificar suas práticas, e então de se integrar a sucessivos estados superiores do "Eu", a meditação se torna contínua sem a necessidade de se sentar ou fechar os olhos. Neste ponto o meditador raramente ora ou busca orientação de um "Eu" ainda superior e inintegrado; ele toma seu lugar como co-trabalhador com o Ser Único que está sempre além do "Eu" e de todos os estados do "Eu". O meditador da yoga observa o que para a maioria das pessoas são funções corporais "involuntárias", usando técnicas inteligíveis de forma intuitiva para corrigir doenças e desarmonias de seu próprio corpo ou até mesmo de outros. O meditador entra em um diálogo íntimo com a riquíssima e profunda realidade esotérica, invisível e sutil, oculta das mentes comuns; ele trabalha pelo bem maior de todos os outros seres com os quais tem empatia e pode senti-los como "Eus". Gradualmente, faz contato telepático e até físico com irmãos mais desenvolvidos e que tenham feito conquistas semelhantes, trabalhando de forma coordenada sob a mesma orientação superior. Este trabalho é como parte de uma obra orquestrada e de todo abnegada, cujo objetivo é promover a evolução da consciência do homem e os variados campos da atividade humana.

Este é um breve resumo dos extensos efeitos da meditação. Embora os efeitos mais avançados possam parecer fora do alcance humano, são de fato reais. Há muitos seres humanos, pelo mundo, que silenciosamente operam a níveis "supra humanos". Eles não se identificam facilmente e nem oferecem sua sabedoria e orientação em palestras, nas exposições ou nos livros. Muitos deles não mais habitam em montanhas remotas, ao contrário, vivem nos centros urbanos, perto da população.

É bem mais fácil encontrar um Mestre nos dias de hoje do que há um século, mas há também muito mais "mestres espirituais" fraudulentos e auto-iludidos.

Como Começar?
A primeira coisa a fazer é simples: sentar e se concentrar, a fim de descobrir como sua mente particular trabalha para lhe distrair e lhe manter encaixado numa consciência mental normal. Há varias formas de se aplicar técnicas com este objetivo; inicialmente sugerem-se três sessões, em períodos diferentes, que podem ser de 1 semana, por um tempo de 5 a 10 minutos para cada seção e aplicação da seguinte seqüência de três exercícios, os exercícios devem ser feitos na ordem sugerida.

Postura da Meditação
Sente-se confortavelmente numa cadeira ou poltrona, com os pés no chão, tocando um no outro; palmas nos joelhos ou coxas. A cabeça deve estar levemente inclinada para baixo (se muito baixa causará sonolência), os olhos suavemente fechados, posicionados em linha reta, voltados para uma janela ou alguma outra fonte de iluminação suave. Não se sente no escuro, o que provoca sono e nem use vela, que oscila e distrai. O lugar deve ser calmo, livre de interrupções ou qualquer desconforto e distração física.

A idéia de sentar-se com a espinha perpendicular ao chão (não de qualquer jeito e nem numa posição artificialmente dura) pretende atingir a concentração mental através do benefício de uma espécie de privação sensorial. Assim, o conforto físico é vital para se assegurar que o corpo físico não se torne um campo de batalha distraído por dores, coceiras ou caimbras.

A menos que o praticante esteja habituado a estar em postura de yoga confortavelmente, é melhor se sentar numa cadeira ou sofá. Para deixar o corpo feliz, os joelhos devem estar abaixo do quadril. Tenha uma almofada própria para a meditação ou algo que mantenha as nádegas de 15 a 30 centímetros do chão, caso queira se sentar de pernas cruzadas.
Exercício da Primeira etapa (1 semana)

Sente-se na posição de meditação, respire fundo, relaxe. Com os olhos fechados, concentre sua atenção na ponta de seu nariz e comece a observar a sua respiração. Inale e exale lentamente através das narinas e conte cada ciclo de respiração na medida em que vem e vai: 1... 2..... 3.... Não permita que sua mente vagueie ou se distraia com nada. Simplesmente conte as respirações. Se perder a contagem, comece novamente do número 1. Faça isto por no mínimo 5 minutos.

Quando acabar, escreva num papel quantas respirações pode contar antes de perder a conta e que tipo de coisas pareceu-lhe ter distraído, sons, pensamentos, preocupações, sensações físicas desconfortáveis, etc. É vital que se lembre e anote tudo o que puder sobre as distrações.

Exercício da Segunda etapa (1 semana)
Sente-se confortavelmente na postura de meditação, respire fundo algumas vezes para relaxar; com os olhos fechados imagine que uma iluminação pura, branca e suave penetra seu crânio lentamente e você está consciente deste brilho suave que cresce lentamente. Concentre-se na iluminação crescente e não deixe que sua mente vagueie. Se por acaso se distrair e perceber que se desviou de seu objetivo, imagine a voz ressonante, rica e profunda de seu "Eu" superior ordenando autoritariamente: "Mente, fique quieta e busque a Luz". Faça isto por no mínimo 5 a 10 minutos.

Quando acabar anote suas distrações e eventuais mentalizações visuais ou experiências vividas da mente, especialmente se forem visuais, auditivas ou táteis.
Exercício da terceira etapa (1 semana)

Sente-se na postura de meditação, assegure-se de que o ambiente esteja em silêncio, sem sons que o possam distrair. Respire fundo algumas vezes e então se concentre em seus ouvidos e no sentido da audição. Ouça profundamente até ouvir um leve som. Pode ser como o som de um movimento sutil de um leve vento através das árvores, ou o ruído de um alto-falante elétrico, ou um som realmente alto. É o sutil e sempre presente "campo auditivo de fundo", que diminui ou regula cada som que vem de fora.

Fique quieto e concentre sua atenção neste som "insondável" e quando o ouvir, tente ouvir ainda mais intensamente com a idéia de atrair este som, torná-lo mais alto e pleno em sua consciência.

Se sua mente se distrair, traga-a de volta ordenando: "Mente, fique quieta e ouça o som "insondável". Faça isto por no mínimo 5 a 10 minutos.

Quando acabar, faça uma descrição do som "insondável" da forma em que o ouviu, assim como qualquer outra distração ou experiência que tenha tido, note especialmente se foram visuais, auditivas ou táteis.

Analisando Resultados
A esta altura o operador estará familiarizado com o tipo de distração que mais efetivamente impede a sua meditação, seja visual, auditiva ou tátil. Em outras palavras, a distração é mais por sons externos, pela imaginação mental, distração de ordem visual ou pelo desconforto corporal? Ao mesmo tempo repare se as distrações tendem a puxar sua consciência para o passado (preocupações, repasse do que aconteceu no dia ou na semana) para o presente (sons externos, movimentos que estão acontecendo na hora dos exercícios) ou para o futuro (alucinações auditivas ou visuais, distração mental com relação "ao que acontecerá" ou planos em processo). Repare também se sua mente vagueia sonhando acordada com fantasias (imaginação ativa) ou durante a noite, com lapsos repetitivos nos sonhos (imaginação inconsciente).

Agora, a partir da experiência subjetiva de seu próprio escape mental você pode considerar úteis as respostas para as seguintes perguntas: 
1.- Como minha mente tenta se manter ligada ao mundano e aos cinco sentidos? 
2.- Como tenta perpetuar suas ilusões individuais e resiste em se expandir a uma consciência maior, que é, por isto, uma espécie de temerosa inconsciência? 
3.- Que dimensão de tempo minha mente prefere? 
4.- Que tipo entre as três modalidades básicas prefere, visual, auditiva ou tátil ou qual delas é favorecida pela minha mente e em que proporção? 
5.- Qual dos três exercícios pareceu mais frutífero para mim, ou seja, qual que mais apreciei e qual me deu a sensação de estar fazendo certo a ponto de poder fazê-lo por um longo tempo?

Usando os Resultados para traçar uma Estratégia de Meditação
As mentes mais facilmente distraídas por sons, são também mais abertas à inspiração através do som; é melhor dar início à meditação utilizando-se de técnicas auditivas. O mesmo se aplica às abordagens visual e tátil. O primeiro exercício tem uma orientação tátil, o segundo visual e o terceiro auditivo. Aquele que parecer mais fácil e produtivo é o que deve ser usado no primeiro estágio da prática da meditação, que é tudo o que esta apostila pretende proporcionar.

Se sentir que a meditação sobre a luz foi mais efetiva para você, porém a mais séria distração foi auditiva, continue usando a meditação sobre a Luz como base, na medida em que se concentrar na Luz será mais efetivo para silenciar a mente; poderá, com o tempo, experienciar distrações mentais auditivas que às vezes trará flashes de discernimento e orientação. Mais tarde poderá querer trabalhar com o som insondável e se verá experimentando visões e orientações através desta concentração. A maioria de nós possui ativos componentes, sejam do tato, visual ou auditivos para a meditação, embora possamos estar mais desenvolvidos em um do que em outro; com a meditação todos se desdobrarão num campo unificado de consciência.

Se sua mente tende a retroceder ao passado quando se distrai, você será capaz de se sair bem em um dos caminhos ou escolas tradicionais de meditação. Se sua tendência é se distrair com o futuro, um sistema "new age" ou não tradicional de meditação seria mais indicado. Se sua mente se distrai por condições existentes no presente, como sons e se você é capaz de superar estas distrações com uma forte vontade e devoção à prática, você será capaz de fazer grande progresso sem um mestre encarnado, desenvolvendo a habilidade de seguir orientação telepática proveniente de oitavas superiores do ser. Será capaz de desenvolver grandes faculdades intuitivas e um senso de discriminação que lhe permitirá ficar afastado de escolas ou sistemas.

Determine qual das três formas de meditação quer usar e leia suas anotações sobre como sua mente se distraiu. Observe os padrões e conhecendo-os, determine como irá identificá-los quando teNtarem se manifestar durante a meditação. Assim como um motorista prudente aprende a reconhecer seus próprios sintomas de sonolência e sai da estrada antes que durma ao volante, o meditador que estudou suas tendências mentais é cada vez mais capaz de equilibrar as distrações, abafando-as logo no início, seja o que for que começar a tirar sua mente de seu objetivo e assim irá alcançar períodos cada vez mais longos de concentração.

Por fim, se você achar que sua distração mental parece ser mais do que imaginação ativa, do tipo devaneio, então coloque o queixo para baixo e abaixe os olhos; isto provoca decréscimo da estimulação mental. Se, por outro lado, perceber a tendência a sonolência e de cair num nítido sonambulismo inconsciente, enquanto tenta meditar, coloque seu queixo para cima e levante os olhos para o horizonte ou ainda um pouco mais alto, a fim de estimular seu processo mental consciente.

O Primeiro Estágio da Meditação
Tendo escolhido um dos três exercícios de meditação e feito uma análise introdutória de suas tendências mentais particulares e sabendo que os canais e as formas de como sua mente é mais facilmente distraída, verá que, provavelmente, estes serão os mesmos canais pelos quais suas melhores e mais elevadas inspirações virão, por tanto já está pronto para realizar sua primeira prática de meditação.

Sugestões

1.- Não medite por mais do que cinco ou oito minutos, uma vez ao dia, de preferência pela manhã ao acordar; isto deve ser feito antes de falar com outros, evitando com isto comprometimento ou distração da mente. Faça sua higiene pessoal, mas não coma nada. Não medite ao cair da tarde , a menos que esteja em grupo. É muito mais difícil meditar no final da manhã ou à tarde, pois sua mente não estará mais concentrada interiormente, como está por um curto período da manhã, ao despertar; ao contrário, a mente estará direcionada para fora, para o mundo exterior. Que seja então a primeira coisa que se faça pela manhã.
2.- Crie um lugar especial e privado para a meditação, talvez no lugar que costuma fazer as suas orações; separe uma cadeira confortável ou almofada para este fim e que ninguém mais a use, pode-se usar incenso. Arrume um altar com objetos sagrados na medida em que chegarem até você e os mantenha na Luz de sua meditação. Volte-se para o Oriente enquanto medita. 
3.- O lugar deve ser quieto e de preferência com luz natural. Nunca medite com a luz do sol em seu rosto, mas volte-se para uma janela ou parede branca a fim de criar um campo de luz fraca em sua visão com os olhos fechados ou tenha as pálpebras ligeiramente abertas, não o suficiente para ver qualquer objeto, mas o bastante para receber uma pequena luz.
4.- Se orar ou realizar alguma prática, faça-o após a meditação, a menos que este contribua para a tranqüilização da mente, com um foco não verbal.
5.- Medite no horário mais perto do sol nascente e diariamente. Ritmo e regularidade favorecem enormemente os efeitos cumulativos da meditação.
6.- Se possível freqüente um grupo de meditação regularmente. Isto irá potencializar sua prática individual.
7.- Não espere nada de sua meditação. Trate as distrações mentais como realmente são, manifestações psicológicas e não revelações divinas. Não se sinta superior aos que não meditam. Não adote nenhuma dieta ou regime especial para a meditação a menos que já faça parte de sua vida. Não medite com dor de cabeça, doente ou após relações sexuais (muitos sugerem separar estas ações por várias horas já que extraem energias similares). 
A regra mais importante da meditação é muito simples: Faça-a e continue fazendo-a!
Para onde ir?


Faça sua prática da meditação de cinco minutos fielmente toda manhã. Após alguns meses ou talvez um ano ou mais, irá perceber muitos efeitos cumulativos positivos, do tipo já descritos acima.

Durante os primeiros meses poderá ter certos tipos de experiências místicas, observe-as, registre-as se quiser e deixe-as passar. Podem ocorrer algumas experiências negativas como produto da meditação, tais como o desenterrar de elementos psicológicos perturbadores, pesadelos ou auto-confronto. Observe-os e deixe-os ir.

Não faça idéia de que és um mestre da meditação ou gurú, após seis meses!! 
Sinta-se como quem está na pre-escola ou quem sabe no jardim da infância (isto se for extremamente talentoso). Não se torne vítima da "inflação" mística.

Com o passar do tempo e com uma melhor capacidade de manter a tarefa, o período de meditação poderá ser estendido para 10 ou até 20 minutos se quiser. A esta altura começará a ter consciência de curtos e convenientes períodos de "inconsciência" de sua meditação, quando sua mente não vagueia e o tempo parece ter parado. Emergirá destes pequenos episódios com um sentimento de grande paz, harmonia e resolução. Quando isto ocorra, estará começando a romper o campo falso da mentalidade humana e tocar, brevemente, o néctar luminoso do campo universal da consciência. O objetivo deste primeiro estágio da prática da meditação é levar o praticante até lá.

Na medida em que começar a reconhecer o estado luminoso e adentrá-lo toda manhã, perceberá que mesmo um breve contato de três ou quatro segundos, estabelece uma sintonia interior que enriquece o trabalho e as atividades de todo o seu dia.

Aos poucos, esta habilidade de realizar tal ruptura aumentará, alguns dias será feita quase que sem esforço e outros com supremo esforço. Porém, não desista da meditação antes de alcançá-la, nem que seja por alguns segundos, pois agora irá finalmente compreender, por si mesmo, o motivo pelo qual as pessoas meditam e como é essa história de que os maiores tesouros da vida são os mais ocultos. Sentirá portas se abrindo, as quais levam à potências inimagináveis e nunca sonhadas para uma dinâmica transformação humana.

Continuando seu diálogo diário com esta Luz Interior, que irá ensiná-lo e levá-lo aos próximos estágios da meditação, talvez através de um mestre, ou não. Mas a partir deste ponto, sua ruptura se tornará um alicerce e um oásis de néctar ao qual poderá retornar sempre que quiser. [hermanubis]



Sente muita dor? A meditação é um famoso analgésico, que diminui a percepção da dor nas pessoas, mesmo após breves sessões. Agora, um estudo revela por que: a meditação muda a forma como o cérebro processa os sinais de dor.

A prática conhecida como meditação envolve sentar-se calma e confortavelmente, e respirar uniformemente. O principal objetivo é limpar a mente, e concentrar a atenção no presente.

Estudos anteriores sugeriram que a meditação reduz a ansiedade, promove o relaxamento e ajuda a regular as emoções. Agora, a nova pesquisa descobriu que a prática de uma consciência atenta do corpo, por apenas quatro dias, afeta as respostas de dor no cérebro.

Depois de meditar, a atividade cerebral diminui em áreas dedicadas à dor e em áreas responsáveis pela transmissão de informações sensoriais. Enquanto isso, as regiões que modulam a dor ficar ocupadas e, consequentemente, a dor é menos intensa e menos desagradável.

O psicológico também interfere: a meditação pode reduzir a dor tornando as sensações físicas menos angustiantes. Todo o contexto da situação e do meio ambiente colaboram; a meditação parece atenuar esse tipo de resposta.

Além disso, não é necessário gastar muito tempo meditando para alcançar o benefício: meia hora de treino por dia durante três dias já alivia significativamente a dor, mesmo quando as pessoas não estão realmente meditando.

Para descobrir como a meditação altera a resposta do cérebro a dor, os pesquisadores reuniram 15 voluntários que passaram 30 minutos por dia, durante quatro dias, aprendendo a meditar. Antes e após o treinamento, os pesquisadores mapearam os cérebros dos voluntários usando ressonância magnética.

Durante, antes e depois de cada mapeamento, os voluntários experimentaram sensações alternativas de calor (49° C) e temperatura neutra (35° C) na panturrilha. Depois de 12 segundos, os voluntários classificaram a sua dor ao pressionar uma alavanca para a direita (se sentiram mais dor) ou para a esquerda (se sentiram menos dor). A posição da alavanca correspondia a uma escala de 1 a 10, com 10 representando a maior dor.

A meditação reduziu a percepção de dor nas pessoas em 57%. Os voluntários também relataram que a dor foi 40% menos intensa. Os cérebros dos voluntários espelharam suas percepções alteradas. A atividade caiu no tálamo, uma área profunda do cérebro que retransmite a informação sensorial do corpo para o córtex somatosensorial. O córtex somatosensorial, localizado acima da orelha, é especialista em áreas dedicadas a processamento de sinais a partir de partes específicas do corpo. Nos voluntários que praticaram a meditação, a área do córtex somatosensorial ligada a panturrilha estava “inativa”.

Enquanto isso, áreas associadas com a modulação da dor se tornaram mais ativas. Essas áreas incluíam o córtex orbitofrontal e o córtex cingulado anterior profundo, na região frontal do cérebro. O putâmen, uma estrutura enterrada no centro do cérebro, e a ínsula também mostraram mais atividade. Ambas as estruturas têm muitas funções, incluindo o controle de movimentos de sensibilização e auto-percepção.

Segundo os pesquisadores, a boa notícia é que os estudos têm mostrado que os benefícios da meditação ocorrem rapidamente. Ou seja, você não precisa ser um monge para aliviar sua dor, de forma que a meditação se torna uma opção realista para pessoas que passam por cirurgia ou têm lesões.
[LiveScience] 



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