quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Violência sem limite no Rio de Janeiro. Entenda os motivos dessa guerra entre a bandidagem e a polícia.

Os motins de bandos de criminosos e traficantes de drogas, no Rio de Janeiro têm levado à morte pelo menos 21 pessoas desde que começou há quatro dias até esta quarta-feira.
Equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope)  e fuzileiros navais fazem uma megaoperação na região das favelas na Penha, subúrbio do Rio no final da manhã desta quinta-feira (25). Seis veículos blindados da Marinha e dois caminhões com fuzileiros deixaram há pouco o quartel de fuzileiros navais, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Entre a noite de quarta e quinta (25), criminosos
incendiaram nove veículos. (Repeodução/Portal G1
Dos 21, 13 foram mortos nos confrontos entre traficantes e policiais durante uma operação na terça-feira como parte dos esforços do governo carioca para deter os tumultos na cidade.

Nas operações que continuam nesta quarta-feira, a polícia invadiu cerca de 27 favelas no Rio e prendeu mais de 150 membros suspeitos de facções criminosas . Policiais militares foram mobilizados em 17 bairros pobres da cidade.

Autoridades disseram que dois policiais ficaram feridos nos confrontos, relatórios não confirmados especulam que cerca de 15 membros de gangues suspeitos tinham sido mortos em tiroteios com as forças de segurança.

Violentos motins eclodiram na cidade no sábado, com membros de quadrilha suspeita bloqueando estradas, roubando motoristas, queimando carros e abrir fogo em várias delegacias. Os tumultos continuaram apesar medidas tomadas pelas autoridades policiais.

As autoridades  creditam que os distúrbios à retaliação perpetradas pelas gangues criminosas por terem sido forçados a sair de vários dos seus redutos em favelas, como parte das medidas de segurança recém-aplicada.
Segundo a secretaria, desde a última quarta-feira (24), 21 pessoas que estariam na comunidade durante o confronto entre a polícia e os criminosos chegaram feridas ao hospital. Dessas, quatro morreram e três continuam internadas na unidade.
Bombeiros foram acionados na manhã desta quinta-feira (25) para conter as chamas de um ônibus na Rua Caxambu, perto da estação do metrô de Irajá, e de outro na Rua Guiraréia, ambas no bairro de Rocha Miranda, no subúrbio do Rio. Eles chegaram a confirmar os dois veículos incendiados, mas, ao chegarem à Rua Guiraréia, os bombeiros encontraram apenas pneus em chamas, e não um ônibus.

Autoridades culpam duas gangues, ou seja, Comando Vermelho e Amigos dos Amigos, pela a violência que, segundo eles, tem por objetivo atrapalhar a campanha do governo para restaurar a paz e o Estado de Direito nas favelas.
Nesta madrugada, foram outros 4 ataques em diferentes pontos do estado e deixaram uma pessoa ferida, totalizando 5 veículos incendiados nesta quinta (25). Segundo a Polícia Militar, os ataques foram registrados na Penha, no subúrbio; em Mesquita, na Baixada Fluminense; em Laranjeiras, Zona Sul; e na Barra da Tijuca, Zona Oeste. Desde segunda-feira (22), já foram registrados 42 incêndios em carros, vans, ônibus e caminhões.
"Existem grupos de criminosos que foram instaladas aqui há 20, 30 anos, e eles podem não querer desistir. Mas nós não estamos desistindo também. Se continuar assim, vamos redobrar nossos esforços. Qualquer pessoa que entre em nosso caminho vai ser atropelado ", disse o Secretário de segurança pública do Estado do Rio, José Beltrame.

O movimento da polícia no Rio de Janeiro para assumir o controle das favelas comandado por quadrilhas do tráfico de droga fortemente armados se destina a melhorar a segurança da cidade antes que hospede a Copa do Mundo de Futebol em 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

Redação do RTT e G1

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